![roriz arruda agnelo](http://sandrogianelli.com.br/wp-content/uploads/2013/08/roriz-arruda-agnelo-300x132.jpg)
Nada pior para um político do que denúncias de suposta corrupção em
suas gestões, principalmente em ano pré-eleitoral ou em plena campanha
política. Este, sem dúvida, é maior pesadelo que, além de tirar o sono,
mancha qualquer biografia, pois no momento a Justiça não tem poupado
quem é pego com a mão nos cofres públicos.
A recente reportagem da revista ISTOÉ denunciando desvios de
recursos públicos na construção do Metrô de Brasília atinge em cheio os
ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda (ambos sem partido).
Eles têm anunciado, via apoiadores, que podem ser candidatos ao Palácio
do Buriti em 2014. Mesmo desmentindo a reportagem, nesta altura dos
acontecimentos, fica difícil convencer a opinião pública de que Roriz e
Arruda desconheciam um contrato de obra tão caro. Nenhum governador fica
alheio ao que ocorre no âmbito de sua gestão, principalmente se tiver
um contrato de milhões em execução.
Na mesma vala encontra-se o governo de Agnelo Queiroz (PT). A julgar
pelas denúncias publicadas, quase diariamente nos blogs, principalmente
pelo jornalista Mino Pedrosa (agora também colunista do “Jornal de
Brasília”), a situação do governador petista junto à opinião pública não
é das melhores. Passou pelo escândalo Cachoeira, contrato de shows
superfaturados, conforme questionamento do Tribunal de Contas do DF e,
finalmente, no escandaloso custo do Estádio Nacional Mané Garrincha.
Obra que pode chegar ao custo final na estratosférica soma de R$ 1,8
bilhão (!), segundo especulações que circulam em Brasília.
Nesta conta ficam fora pequenos gargalos de suspeição na saúde,
transporte público, administrações regionais e, por último, de acordo
com Mino Pedrosa, o relatório da produtora Canal 27 — empresa
responsável pela campanha de Agnelo — , que mostra o homem de confiança
do governador, Abdon Henrique Araújo “recebendo propina”.
Com tanta frente de desgaste, como Agnelo vai convencer o eleitor de
que é meramente uma vítima de perseguições políticas? Demorou, mas ele
está sendo sugado pelo buraco negro de supostas corrupções. Diante deste
quadro, imagine um debate na televisão e rádio, com Agnelo confrontado
por outros candidatos aos quais não consta no currículo qualquer
suspeição pública. O governador, por mais bem intencionado que seja, não
terá argumentos para convencer o eleitor de que “tudo foi em nome do
interesse do povo”, como os petistas adoram alardear.
Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
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