Pesquisa
divulgada nesta quinta-feira revela que petista alcançou os piores
índices de aprovação entre os eleitores do Distrito Federal
Resultado alcançado por Agnelo Queiroz é menor do que o do ex-governador José Roberto Arruda
Uma pesquisa realizada pelo Ibope a pedido do grupo Bandeirantes de
Comunicação revela que o governador Agnelo Queiroz (PT) alcançou o pior
desempenho da história do Distrito Federal, ficando atrás até mesmo de
José Roberto Arruda, governador que foi preso durante a deflagração da
operação Caixa de Pandora. De acordo com o instituto, apenas 23% da
população aprovam a gestão de Agnelo. Os dados foram revelados na noite
desta quinta-feira (22).
Antes de Agnelo, o governador com pior avaliação registrada havia sido
Rogério Rosso (PSD), que ocupou o cargo em 2010 após o escândalo
resultante da operação Caixa de Pandora, também conhecido como Mensalão
do DEM. Eleito de forma indireta pela Câmara Legislativa, o governador
tampão conquistou aprovação de 29% da população do DF.
Agnelo X Rosso
Se comparar os desempenhos isolados de Rosso e Agnelo, o quadro do
petista é ainda mais desanimador. Quando ainda ocupava a cadeira, no fim
do ano passado, o então governador biônico foi considerado ótimo ou bom
por 16% dos eleitores do DF. Outros 39% avaliaram a gestão como regular
e 23%, ruim ou péssima. Esses números foram obtidos na época pelo
instituto DataFolha.
Um ano após as eleições que deram vitória ao petista nas urnas, já pela
pesquisa Ibope, apenas 10% dos eleitores do DF consideram a gestão de
Agnelo boa ou ótima. Outros 36% da população avaliaram o governo como
regular e a grande maioria dos eleitores (52%) acredita ser ruim ou
péssima a gestão Agnelo.
De acordo com as pesquisas divulgadas desde o início de 2011, os
índices de Agnelo Queiroz mantém queda gradual. Em análise superficial, a
queda de popularidade do petista é ainda mais visível. Agnelo Queiroz
foi eleito, em segundo turno das eleições, com 66,1% dos votos válidos.
Com a atual aprovação de apenas 23% dos eleitores, o petista teria uma
queda de aceitação que passa da casa dos 40%.
Agnelo X Arruda
Agnelo X Arruda
Apesar de ser considerada natural a queda da popularidade dos
governantes no inicio de toda gestão, o índice alcançado por Agnelo
Queiroz é desfavorável. Até mesmo na época de José Roberto Arruda, que
começou a gestão com medidas consideradas impopulares, as pesquisas não
revelaram índices tão baixos de aceitação.
De acordo com a pesquisa Dataholha, de 2007, primeiro ano de mandato de
Arruda, entre dez governos pesquisados, o então democrata ficou em
penúltimo lugar. Agnelo ficou em último. A taxa de reprovação (ruim e
péssimo) de Arruda foi de 30%, um número bem menor que o registrado
sobre Agnelo: 52%. Na época do primeiro ano de governo Arruda, 38% da
população consideraram sua gestão como boa ou ótima. Nessas mesmas
respostas, Agnelo conquistou apenas 10% da população
Escândalos desfavorecem
Entre os fatores que podem ter contribuído para a avaliação negativa do
petista estão os escândalos que envolvem o nome de Agnelo em supostos
desvios de dinheiro público. O atual governador é acusado de comandar
esquemas quando dirigia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o
Ministério do Esporte, durante o governo Lula, que teriam favorecido
antigos aliados ligados a organizações não governamentais.
Outro fator que pode ter levado a população a rejeitar a imagem do
petista é a denúncia publicada pela revista IstoÉ sobre enriquecimento
de familiares de Queiroz, incompatível com a renda. De acordo com a
reportagem, dois irmãos do governador tiveram aumento patrimonial
considerável enquanto Agnelo integrava a direção da Anvisa. Agnelo nega
as acusações. Os escândalos foram amplamente divulgados pela mídia
nacional e em programas eleitorais de partidos de oposição.
A Procuradoria Geral da República investiga se a renda da família
Queiroz foi conquistada, conforme denunciou a publicação, por troca de
favores a empresas interessadas em documentos emitidos pelo órgão.
Fonte: Redação - Edson Sombra
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