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sábado, 27 de julho de 2013

Relembrando: Ibope confirma - Agnelo é o pior governador da história do DF

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira revela que petista alcançou os piores índices de aprovação entre os eleitores do Distrito Federal 

  
Resultado alcançado por Agnelo Queiroz é menor do que o do ex-governador José Roberto Arruda
 
Uma pesquisa realizada pelo Ibope a pedido do grupo Bandeirantes de Comunicação revela que o governador Agnelo Queiroz (PT) alcançou o pior desempenho da história do Distrito Federal, ficando atrás até mesmo de José Roberto Arruda, governador que foi preso durante a deflagração da operação Caixa de Pandora. De acordo com o instituto, apenas 23% da população aprovam a gestão de Agnelo. Os dados foram revelados na noite desta quinta-feira (22).

Antes de Agnelo, o governador com pior avaliação registrada havia sido Rogério Rosso (PSD), que ocupou o cargo em 2010 após o escândalo resultante da operação Caixa de Pandora, também conhecido como Mensalão do DEM. Eleito de forma indireta pela Câmara Legislativa, o governador tampão conquistou aprovação de 29% da população do DF.

Agnelo X Rosso 

Se comparar os desempenhos isolados de Rosso e Agnelo, o quadro do petista é ainda mais desanimador. Quando ainda ocupava a cadeira, no fim do ano passado, o então governador biônico foi considerado ótimo ou bom por 16% dos eleitores do DF. Outros 39% avaliaram a gestão como regular e 23%, ruim ou péssima. Esses números foram obtidos na época pelo instituto DataFolha.

Um ano após as eleições que deram vitória ao petista nas urnas, já pela pesquisa Ibope, apenas 10% dos eleitores do DF consideram a gestão de Agnelo boa ou ótima. Outros 36% da população avaliaram o governo como regular e a grande maioria dos eleitores (52%) acredita ser ruim ou péssima a gestão Agnelo.

De acordo com as pesquisas divulgadas desde o início de 2011, os índices de Agnelo Queiroz mantém queda gradual. Em análise superficial, a queda de popularidade do petista é ainda mais visível. Agnelo Queiroz foi eleito, em segundo turno das eleições, com 66,1% dos votos válidos. Com a atual aprovação de apenas 23% dos eleitores, o petista teria uma queda de aceitação que passa da casa dos 40%.

Agnelo X Arruda 

Apesar de ser considerada natural a queda da popularidade dos governantes no inicio de toda gestão, o índice alcançado por Agnelo Queiroz é desfavorável. Até mesmo na época de José Roberto Arruda, que começou a gestão com medidas consideradas impopulares, as pesquisas não revelaram índices tão baixos de aceitação.

De acordo com a pesquisa Dataholha, de 2007, primeiro ano de mandato de Arruda, entre dez governos pesquisados, o então democrata ficou em penúltimo lugar. Agnelo ficou em último. A taxa de reprovação (ruim e péssimo) de Arruda foi de 30%, um número bem menor que o registrado sobre Agnelo: 52%. Na época do primeiro ano de governo Arruda, 38% da população consideraram sua gestão como boa ou ótima. Nessas mesmas respostas, Agnelo conquistou apenas 10% da população 

Escândalos desfavorecem 

Entre os fatores que podem ter contribuído para a avaliação negativa do petista estão os escândalos que envolvem o nome de Agnelo em supostos desvios de dinheiro público. O atual governador é acusado de comandar esquemas quando dirigia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério do Esporte, durante o governo Lula, que teriam favorecido antigos aliados ligados a organizações não governamentais.

Outro fator que pode ter levado a população a rejeitar a imagem do petista é a denúncia publicada pela revista IstoÉ sobre enriquecimento de familiares de Queiroz, incompatível com a renda. De acordo com a reportagem, dois irmãos do governador tiveram aumento patrimonial considerável enquanto Agnelo integrava a direção da Anvisa. Agnelo nega as acusações. Os escândalos foram amplamente divulgados pela mídia nacional e em programas eleitorais de partidos de oposição.

A Procuradoria Geral da República investiga se a renda da família Queiroz foi conquistada, conforme denunciou a publicação, por troca de favores a empresas interessadas em documentos emitidos pelo órgão.

Fonte: Redação - Edson Sombra

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