O
PMDB tem um exército de 1 milhão de funcionários públicos sob as ordens
de seus mais de mil prefeitos. Desses, ao menos 88 mil são
comissionados, ou seja, podem ser nomeados sem concurso público. É o
maior potencial de militantes remunerados entre todos os partidos
brasileiros, mas está em decadência.
Antes
das eleições municipais do ano passado, o PMDB comandava 1.182
prefeituras, onde trabalhavam 1,196 milhão de servidores municipais. Até
2012, o partido podia nomear cerca de 108 mil pessoas a critério único e
exclusivo dos prefeitos da legenda. Mas as urnas lhe tiraram o poder de
prover 20 mil desses cargos.
Ao
declínio do exército de comissionados peemedebistas corresponde o
crescimento das forças do PSDB, do PT, do PSD e, acima de todos, do PSB.
A vitória nas eleições de 2012 possibilitou ao partido do
presidenciável Eduardo Campos nomear 17 mil servidores comissionados
além dos que já tinha.
O PSB
pulou de sexto para quarto lugar no ranking de vagas de funcionários
municipais sem concurso. São quase 50 mil, numa média de 24
comissionados para cada 10 mil moradores das cidades agora governadas
por prefeitos socialistas.
A
taxa do PSB está abaixo da média nacional, em parte porque o partido
cresceu o tamanho das cidades que governa. Quanto maior a cidade, menor a
proporção de funcionários sem concurso - tanto em relação ao total de
servidores municipais quanto à população.
É
nos municípios menores que a média de sem-concurso cresce. Daí que o PSD
do ex-prefeito Gilberto Kassab tenha aumentado em quase 12 mil o seu
exército potencial de militantes empregados nas prefeituras - apesar de
ter perdido o governo paulistano.
O
PSD governa 5 milhões a menos de pessoas desde as eleições de 2012, mas
conseguiu a proeza de pular do sétimo para o quinto lugar no ranking de
vagas comissionadas. Tudo graças à eleição de centenas de prefeitos em
pequenos municípios do interior do Brasil - onde falta muita coisa,
menos cargos.
Na
média, os novos prefeitos do partido de Kassab passaram à dispor de 37
vagas sem concurso para cada 10 mil habitantes de suas cidades. Essa
taxa é duas vezes maior do que a do PT.
Os prefeitos petistas passaram a governar quase 38 milhões de pessoas em 2013, cerca de 5,5 milhões a mais do antes da eleição municipal do ano passado. Mas o crescimento do número de funcionários comandados por eles foi proporcionalmente menor.
Os prefeitos petistas passaram a governar quase 38 milhões de pessoas em 2013, cerca de 5,5 milhões a mais do antes da eleição municipal do ano passado. Mas o crescimento do número de funcionários comandados por eles foi proporcionalmente menor.
O
PT chegou a 940 mil funcionários municipais sob as ordens de seus
prefeitos, dos quais menos de 70 mil são de vagas sem concurso. A média é
de 7,3% de comissionados por servidor, ou de 18 por 10 mil habitantes.
São as menores taxas entre os dez maiores partidos - em parte porque o
PT governa cidades maiores, onde a proporção de servidores se dilui na
população. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Guardian Notícias - redacao@guardiannoticias.com.br
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