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terça-feira, 23 de julho de 2013

Pitiman (agora), mesmo com ordem de despejo, quer Buriti



Por Max de Quental - O agora Pitiman – pseudônimo do original Pietschmann – que desembarcou em Brasília vindo do Acre em uma condição pouco esclarecida, continua teimando. Quer ser governador do Distrito Federal pelo PSDB. Eleito deputado federal com os votos dos brasilienses na avalanche do Novo Caminho, está acenando com 50 milhões de dinheiros que promete arrecadar por aí para garantir sua legenda. 

O agora Pitiman está certo de que com a montanha de dinheiro que promete deixar com os bicudos, terá sua pretensão conquistada. Depois de ter sido despejado do Acre e do Governo do Distrito Federal, está agora com a ordem de despejo do PMDB em mãos. 

Sua autoestima é muito superior que a sua rejeição pelos pares, quer pelos conterrâneos, quer pelos correligionários. Onde reside a segurança de poder arrecadar tantos dinheiros? Existe uma via, claro. Isso mesmo: Via Engenharia. Seus convivas mais próximos, aqueles que chutam nas peladas do ilustre parlamentar, garantem que a empresa lidera um grupo de apostadores com grande cacife. 

O jogo é milionário. Difícil é saber se o blefe vem na mesma proporção, porque votos para chegar onde quer porque quer, os 50 milhões de dinheiros podem não ser suficientes. Com todo respeito aos eleitores. 

O agora Pitiman foi capaz de atrair meia dúzia de empresários com respeitado capital e pouca capacidade de avaliar riscos. O maior dos tucanos da atualidade, Aécio Neves, já andou chutando no gramado do misterioso parlamentar. Só falta chutar o balde e mandar recado ao pretendente que o histórico dele é pouco recomendado para quem quer a chave do Buriti. 

Ao lado de Aécio, dois ou três nomes muito próximos confirmam que algo está acontecendo, mas o candidato ao Planalto pisa em ovos quando ouve o nome do agora Pitiman. E observem que ele adora uma pelada. O Aécio, lógico. 

Eduardo Jorge, interinamente no comando do PSDB na capital da República, aguarda instruções que devem chegar só em setembro, quando o jogo sucessório terá um desenho mais definitivo. 

A Via Engenharia, por sua vez, continua construindo pontes. Dizem. O problema é o projeto que pode levar coisa nenhuma a lugar nenhum. Mas o superfaturamento embutido na avaliação de viabilidade da candidatura do agora Pitiman, pode demolir a ideia, caso a Via esteja em risco de colisão com outros interesses comerciais. 

Ninguém entende até agora quem foi o autor de uma aventura com tantos riscos e estrutura frágil. É para negociar, provavelmente. Mas nem pra isso os especialistas encontram volume no candidato a candidato. 

O que intriga aos mais comedidos é como um nome que anda com ordens de despejo debaixo do braço encontra plateia para uma engenharia de implosão. O agora Pitiman, comentam, é visto como nitroglicerina nos ambientes que frequenta. Mas como muitos empresários conhecidos gostam de viver perigosamente, esta é uma boa justificativa para sair na foto ao lado do deputado. 

Nesse caso, é melhor chamar imediatamente os fotógrafos e a imprensa. Porque implosão só acontece uma vez. E dela só sobram escombros e poeira. 

Fonte: Notibras 
Postado por Odir Ribeiro

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