Na
esteira das incertezas sobre a fusão entre PPS e PMN para criar o
Mobilização Democrática, José Serra tem deixado correr a informação de
que não desistiu de manter uma porta aberta para um futuro fora do PSDB.
A bola da vez é o PSD.
Na semana retrasada, José Serra teve uma conversa com Kassab em que abordou
suas opções para o futuro, alimentando assim as especulações de que
teria no partido criado por seu ex-vice uma espécie de plano B para a
eleição do ano que vem. O argumento colocado por aliados de Serra é o de
que, se porventura ele conseguisse viabilizar uma candidatura
presidencial pelo PSD, teria um tempo de televisão semelhante ao de
Aécio Neves (PSDB/MG), pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto.
José Serra vinha se apoiando no MD do deputado Roberto Freire (PPS/SP),
outro aliado tradicional, para difundir a tese de que possui outras
opções políticas fora de seu partido. As especulações sobre a saída do
ex-governador do PSDB jogaram a seu favor, por exemplo, nas negociações
para a composição da direção partidária.
A movimentação de Serra e Kassab já chegou aos ouvidos da direção
petista e acendeu o sinal entre aliados da presidente Dilma Rousseff.
Os petistas avaliam que, diante da queda de popularidade do governo,
Kassab pode balançar nas conversas para uma aliança em 2014. Embora não
tenha aderido formalmente ao governo, Kassab indicou o correligionário
Guilherme Afif Domingos para comandar a Secretaria da Micro e Pequena
Empresas e tem dito, nas conversas sobre a eleição, que até segunda
ordem caminhará com Dilma.
Serristas, por sua vez, investem no argumento de que qualquer acordo
entre Kassab e o PT só será mantido se não envolver Serra na equação.
Afinal, dizem, o ex-prefeito sempre se mostrou leal ao ex-governador.
Fonte: Portal Ig
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