Aos
 poucos, o desenho de possíveis candidaturas começa a ser vislumbrado no
 horizonte, mesmo que meio na neblina, mas com contornos decifráveis. 
Tudo por obra e graça à gestão morna e apática de Agnelo Queiroz que, 
mesmo torrando milhões do contribuinte, não consegue tocar corações e 
mentes do brasiliense. Que o digam as pesquisas recentes e os órgãos 
fiscalizadores como Ministério Público, Tribunal de Contas do DF e 
deputados de oposição. Tudo leva a pensar que a história será impiedosa 
com Agnelo Queiroz. Por conta dos desacertos e falta de objetividade 
administrativa, ele indiretamente deflagrou com mais de um ano das 
eleições, a corrida para ver quem terá condições de destroná-lo da 
cadeira do Buriti.
Três nomes já articulam nos bastidores em busca de aliados: 
vice-governador Tadeu Filippelli, deputada  distrital Eliana Pedrosa 
(ainda no PSD) e o presidente do DEM, Alberto Fraga. Começando por 
Filippelli que, embora mudo, faz muito barulho, principalmente nas 
hostes do PT. O monge beneditino é um animal político que sabe mimetizar
 o momento, percebendo as nuances e os gestos que os adversários estão 
fazendo. Nada passa despercebido à sua volta. Esta habilidade é que faz 
dele um adversário perigoso, atento e estrategista. Filippelli aprendeu 
com as teorias acadêmicas e nos cálculos de engenharia, que cada 
estrutura tem uma massa e peso e ele sabe o peso de sua estrutura 
política. Portanto, constrói um plano B, calado, sem muito alarde.
A dificuldade de Filippelli, conforme uma fonte ouvida pelo Jornal Opção
 é o caminho que o PMDB nacional vai tomar no plano nacional. O partido 
está muito dividido e isso dificulta as negociações de Filippelli no 
plano regional. Muitos seguidores de José Roberto Arruda e Joaquim 
Roriz gostariam de marchar junto com o ex-governador rumo ao Buriti, 
mas temem que, por imposição da executiva nacional, tenham que se aliar 
ao projeto do PT. Filippelli nunca negou que a aliança é com o governador
 Agnelo. “Se ele optar por outro nome para vice, este acordo 
desaparece.”. Por isso, até outubro, prazo final de filiações, o monge 
vai tentar fazer o menor barulho possível, mas não vai deixar de 
conversar com possíveis aliados.
Seguindo rota diferente, mas com o mesmo objetivo, está Eliana e 
Fraga, ambos conversam com os grupos de Paulo Octávio (DEM), Arruda e 
Roriz. Fraga sonha em ter Octávio ao seu lado assim como Eliana Pedrosa,
 mas até agora o líder empresarial apenas ouve com atenção os apelos 
para se manifestar e pede mais tempo. Ele já foi sondado até pelo 
governador Agnelo e outras legendas menores como o PHS, PDC, PPL e 
também pelo PTB do senador Gim Argello.
Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
Nenhum comentário:
Postar um comentário