ACESSOS

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Nem a força de Lula pode salvar Agnelo Queiroz


agnelo e lulaA disputa pela cadeira do Palácio do Buriti está tão embolada que no momento não se consegue identificar ninguém com chances de vitória. Depois que o vice-governador e presidente do PMDB, Tadeu Filippelli, jogou gasolina na fogueira de São João do Doutor Agnelo, todos têm chances.

A mais remota é de Agnelo Queiroz. Se perder o PMDB, seguramente uma penca de partidos de sua base pula fora do barco e nada para outra margem de segurança.

O que os petistas não levaram em conta, quando começaram a negociar a reeleição de Agnelo, foi a força do PMDB. Prati­camente, selaram o fim da aliança e jogaram o “monge beneditino” Filippelli para fora do Palácio.

Então, não deu outra: o monge foi pregar em outro lugar usando sua força de persuasão com outros grupos que não confiam no PT. 

Partindo do princípio de que a aliança PMDB/PT no âmbito nacional está trincada, imagine no Distrito Federal onde os companheiros da estrela vermelha tratam seus aliados como vassalos. Este é o ponto e nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fiador e padrinho político de Agnelo Queiroz, consegue juntar os cacos da aliança.

Esta equação tem preocupado a cúpula do partido, principalmente os apoiadores da reeleição de Dilma Rousseff. Se Agnelo estiver na lona, pouco vai ajudar a presidente no quintal de sua casa oficial. 

Muita gente não acredita que a divisão das esquerdas no DF prospere. Por isso, o senador Cristovam Buarque (PDT) não é hostilizado pelos petistas. Eles imaginam que a partir do próximo ano, o senador deve se aliar ao PT, isolando a pré-candidatura do socialista Rodrigo Rol­lemberg. Sobraria no tabuleiro do xadrez Tadeu Filippelli.

Esta é a grande incógnica. Seu grupo político articula com deputados uma candidatura de centro-direita que abrigaria arrudistas e rorizistas. Mesmo numa possibilidade remota em que Arruda ou Roriz saiam candidatos, a elite política e empresarial que gira nas cercanias do poder não teria segurança jurídica no investimento político num dos dois.

Podem até ser eleitos, mas teriam a chance de serem afastados durante o mandato. O PT e aliados não deixariam barato. Esta é a vantagem da terceira via que anima muita gente, principalmente o vice-governador Tadeu Filippelli.

Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
Postado por Sandro Gianelli 

Nenhum comentário:

Postar um comentário