O
senador afirma que o PSDB reduzirá os ministérios à metade se chegar à
Presidência - e diz que o governo de Dilma é o casamento "do improviso
com a ineficiência"

ÉPOCA – O senhor é candidato a presidente?
Aécio Neves – O PSDB terá candidato. Não é uma opção, é uma
obrigação do PSDB. Principalmente devido ao agravamento da situação
brasileira. Cumprirei o papel que o partido determinar. Hoje, sou 100%
presidente nacional do PSDB. Com uma agenda extensa, que busca uma
reconciliação do PSDB com a sociedade brasileira. Em especial com
setores que já foram próximos e, ao longo do tempo, por razões diversas,
se distanciaram do PSDB. Acredito que temos um projeto melhor que esse
que está aí para o Brasil. E quero dividir isso.
ÉPOCA – Existe um desejo? O senhor quer ser candidato?
Aécio – Tenho disposição. E vou ate aí. Seria avançar muito
numa decisão que não é individual, é partidária. Vários podem querer.
Cada vez mais me sinto na obrigação de cumprir um papel importante nesse
processo, e o partido determinará qual será ele.
ÉPOCA – O crescimento econômico tem sido um problema do governo
atual. O senhor tem dito que conseguiria fazer o Brasil crescer a 4%,
5%. Quais seriam as medidas concretas para fazer o país crescer nesse
ritmo?
Aécio – Temos de partir de uma constatação: o governo da
presidente Dilma falhou. Falhou na condução da política econômica, na
gestão do país e no aprofundamento dos programas nas áreas sociais. A
saúde é trágica, a educação é de péssima qualidade e a criminalidade
avança sem respostas objetivas do governo. O resultado da balança
comercial é o pior dos últimos 20 anos, o crescimento é pífio, a
inflação está retornando. Esse cenário é de extrema preocupação. O
governo se acostumou a terceirizar as responsabilidades, a atribuir as
crises a fatores externos. Agora, não dá para dizer que os problemas não
são causados aqui. A Europa começa a se recuperar, os Estados Unidos
começam a se recuperar com maior vigor. Nós, segundo a Cepal, só para
falar dos nossos vizinhos, teremos um crescimento maior apenas que a
Venezuela – talvez, em solidariedade à Venezuela...
Trecho da entrevista
Fonte: ÉPOCA.com - Por Leopoldo Mateus, Alberto Ramos, João Gabriel de Lima e Helio Gurovitz
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