Ou o presidente do PT, deputado Rui Falcão, sabe o que está falando, ou
não sabe o que está falando. E qualquer das duas hipóteses é
preocupante.
Refiro-me à declaração que teria sido feita ontem de que o PT não
trabalha com a hipótese de que seus filiados julgados e condenados no
caso do mensalão venham passar algum tempo efetivamente em cana.
Primeira hipótese: o deputado Rui Falcão sabe o que está falando. Nesse
caso, terá recebido informação daquelas boas, de cocheira, de que vai
dar certo a tecelagem iníqua que vem sendo urdida nas sombras, para
jogar na lata de lixo todo o longo procedimento judiciário que culminou
com a condenação de expoentes do partido, apontados como autores de
crimes que já teriam há tempos enfiado na prisão qualquer brasileiro,
ou brasileira, que não fosse do PT ou biliardário. O partido gosta de
falar de povo, de classe emergente, mas quando se levanta a
possibilidade de algum deles ir parar na cadeia, aí comportam-se como a
elite das elites, o dura Lex, sed Lex não se lhes aplica.
Segunda hipótese: o deputado Rui Falcão não sabe o que está falando. Aí
não dá pé! O presidente do partido no poder não saber medir seus
pensamentos e palavras é não só preocupante, mas assustador.
Enquanto se preocupa com a possibilidade de prisão de alguns de seus
notáveis, o PT continua a se mostrar um tanto despreparado para o
exercício efetivo do poder, o que vem deixando de cabelos em pé os
responsáveis pela articulação política do governo. Não ajuda muito o
partido as seguidas derrotas que o Planalto vem sofrendo no Congresso
(recentemente, as mais relevantes, a do Código Florestal e a
incapacidade de emplacar o nome de Bernardo Figueiredo na Agência
Nacional de Transportes Terrestres – ANTT).
Não percebe o PT que estando no governo, mas atuando como oposição,
perde relevância no jogo político. Não è à toa que pipocam novos
partidos, cheios de amor para dar, sob lideranças competentes. Não são
poucas as notícias de que aliados não pretendem trabalhar para o PT na
campanha de 2014.
Quem tem prestígio eleitoral é a própria Presidente Dilma Rousseff e não o PT. E o prestígio do partido só faz diminuir.
O PMDB tudo observa, e esfrega as mãos, apresentando-se sempre como o parceiro mais confiável da Presidente.
Pode haver surpresa.
Fonte: Cláudio Humberto - Por Pedro Luiz Rodrigues
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