Pintou uma saia-justa no PDT. O distrital Israel Batista, que deixou o
partido para ingressar no recém-criado PEN, jantou com o ministro do
Trabalho, Manoel Dias, também secretário-geral do PDT nacional.
Conversa vai, conversa vem, falou-se no retorno de Israel. Obedece à
lógica. No PEN, um partido cheio de caciques e de candidatos, são
mínimas as chances de reeleição do distrital. A volta ao PDT seria a
forma de preservar não só as chances de permanecer na Câmara, quanto o
próprio mandato. Se deixar o PEN por outro partido que não o PDT, que o
elegeu, existe o risco de que peçam sua cassação — e inexiste
jurisprudência sobre caso de parlamentar que figure como fundador de
legenda.
Nem pensar
Pelo sim, pelo não, integrante da equipe de Manoel Dias procurou ao
menos dois pedetistas brasilienses para uma sondagem sobre a volta de
Israel. Recebeu “não” como resposta. A conversa chegou aos ouvidos do
senador Cristovam Buarque. Mandou dizer, com todas as letras: “nem
pensar”. A saída do distrital, pelo jeito, foi mesmo traumática. Também o
presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ficou sabendo. Disse que, se
procurado, conversa, pois conversa com todo mundo, mas que falar em
retorno seria “uma afronta” à seção brasiliense.
Fonte: Eduardo Brito/Do Alto da Torre/Jornal de Brasília
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