Joaquim
Roriz (sem partido) está decidido a concorrer ao Palácio do Buriti no
próximo ano. Líder em praticamente todas as pesquisas de intenção de
voto, o ex-governador está cuidando da saúde para ter condições de
enfrentar o que seria sua última campanha eleitoral antes de
aposentar-se.
Ele chega forte, recauchutado e animado com as mais recentes
pesquisas produzidas reservadamente para diferentes legendas. Uma delas
mostra Roriz com 26%. Um percentual que representa o dobro do que foi
creditado a adversários diretos (como Rodrigo Rollemberg, Antônio
Reguffe e o também ex-governador José Roberto Arruda) e mais ainda
quando o candidato é Agnelo Queiroz, estacionado em meros 11%.
O Velho está em São Paulo, onde se recupera de um delicado
procedimento cirúrgico. O ex-governador aceitou passar por uma cirurgia
de ponte de safena na última quarta-feira (7). Já ciente da necessidade
da intervenção, Roriz aproveitou o momento de indefinições sobre os
possíveis cenários de 2014 para ficar em forma.
Sem alarde, foi para São Paulo. Lá, fez o pré-cirúrgico e marcou a
cirurgia, que durou quase 10 horas. Foi acompanhado por uma das melhores
equipes do Hospital Sírio Libanês, e recupera-se bem, mesmo com quadro
de insuficiência renal crônica e diabetes. Roriz já deixou a UTI e está
no quarto acompanhado pela esposa, Dona Weslian, e pelas filhas
Wesliane, Liliane e Jaqueline. A família decidiu comunicar sobre a
operação após o bom resultado e a recuperação do chefe do clã.
Não é apenas a notícia da recuperação de Roriz que incomoda seus
adversários políticos. Pesquisas que assombram o Buriti mostram que a
força política do ex-governador se mantém imbatível. Uma espécie de gás
flex, com adição de gasolina e álcool. Em todos os cenários testados por
uma pesquisa de um instituto de opinião brasiliense, ele lidera a
disputa eleitoral que se avizinha, tanto na espontânea como na
estimulada.
O número preocupa o atual ocupante (e equipe) do Buriti. Na pesquisa
estimulada, Roriz passa dos 36% de intenção dos eleitores, número duas
vezes maior do que o segundo colocado, seja Agnelo Queiroz, Eliana
Pedrosa (PSD), Antônio Reguffe (PDT) ou mesmo Rodrigo Rollemberg (PSB),
dependendo do cenário. Num possível segundo turno entre Roriz e Agnelo,
por exemplo, Roriz seria eleito com 44,3 dos votos contra 21,2% do
petista.
Já o ex-governador José Roberto Arruda, que foi preso após a
deflagração da Caixa de Pandora, também aparece com destaque. Não tanto
quanto estava até o início do ano, mas orbita pelos cerca de 20% dos
votos dos eleitores pesquisados. Arruda perde apenas numa suposta
disputa contra Roriz.
A pesquisa que aponta esses percentuais foi feita durante os meses de
abril e maio de 2013 e ouviu três mil eleitores. A margem de erro é de
1,8%. Porém, por questões de direitos autorais, não se pode revelar o
instituto responsável, nem mesmo os números precisos de cada cenário.
Mas dá para adiantar que o resultado não deve ter agradado nada aos
palacianos, uma vez que a administração petista permanece com alto
índice de reprovação: 52,4% dos entrevistados avaliam que o governo é
“ruim” ou “péssimo”. Quanto à pessoa de Agnelo Queiroz em si, a imagem
dele continua carismática. Não se sabe, porém, se o suficiente para se
manter no poder por mais uma temporada.
Fonte: Notibras
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