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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Era só o que faltava 'Washington Mesquita'



Começou a tramitar na Câmara Legislativa projeto que, nos termos oficiais, proíbe a distribuição de medicamentos cujo princípio ativo sejam o misoprostol e o levonorgestrel pela rede pública de saúde do Distrito Federal. Quem ousar distribuir produtos desse gênero pagará multa de R$ 5 mil. O problema está em que esses medicamentos, muito mais conhecidos pelo nome comercial Cytotec,  são chamadas “pílulas do dia seguinte”. São usadas principalmente em casos de estupro, embora seu objetivo amplo seja prevenir gravidez indesejada. 

Questão de  saúde pública 

Os médicos especialistas em saúde pública defendem o Cytotec, entre outros motivos porque previnem abortos. Muitas mulheres que não tiveram acesso a eles e engravidaram — em função de estupro ou não — são pessoas de baixa renda e, para não enfrentar a gravidez indesejada, acabam por recorrer a carniceiros. Muitas mortes ocorrem por conta disso e, quando não há morte, as vítimas causam muito sofrimento, além de despesas à rede pública.

Caminho mais fácil 

Conhecido como deputado sério e trabalhador, Washington Mesquita é também militante católico. Poderia seguir caminho muito mais simples para atender sua fé. Bastaria recomendar às católicas, que em tese partilham das mesmas convicções firmes, que não utilizem o Cytotec. Quanto às agnósticas, por exemplo, que tenham respeitados os seus direitos. 

Fonte: Jornal de Brasília / Alto da Torre/ Eduardo Brito

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