Começou
a tramitar na Câmara Legislativa projeto que, nos termos oficiais,
proíbe a distribuição de medicamentos cujo princípio ativo sejam o
misoprostol e o levonorgestrel pela rede pública de saúde do Distrito
Federal. Quem ousar distribuir produtos desse gênero pagará multa de R$
5 mil. O problema está em que esses medicamentos, muito mais
conhecidos pelo nome comercial Cytotec, são chamadas “pílulas do dia
seguinte”. São usadas principalmente em casos de estupro, embora seu
objetivo amplo seja prevenir gravidez indesejada.
Questão de saúde pública
Questão de saúde pública
Os
médicos especialistas em saúde pública defendem o Cytotec, entre
outros motivos porque previnem abortos. Muitas mulheres que não tiveram
acesso a eles e engravidaram — em função de estupro ou não — são
pessoas de baixa renda e, para não enfrentar a gravidez indesejada,
acabam por recorrer a carniceiros. Muitas mortes ocorrem por conta
disso e, quando não há morte, as vítimas causam muito sofrimento, além
de despesas à rede pública.
Caminho mais fácil
Conhecido como deputado sério e trabalhador, Washington Mesquita é também militante católico. Poderia seguir caminho muito mais simples para atender sua fé. Bastaria recomendar às católicas, que em tese partilham das mesmas convicções firmes, que não utilizem o Cytotec. Quanto às agnósticas, por exemplo, que tenham respeitados os seus direitos.
Fonte: Jornal de Brasília / Alto da Torre/ Eduardo Brito
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