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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Eleições 2014: Eleito presidente do PSDB, Aécio diz que Brasil estagnou e reclama por mudanças

Pré-candidato tucano centrou os ataques no ‘desmonte dos pilares da estabilização econômica e democrática’ no governo Dilma 

Aécio Neves na Convenção Nacional do PSDB
Com um discurso centrado na ineficiência do governo da presidente Dilma Rousseff, aclamado por cerca de 3 mil pessoas num evento grandioso que marcou sua eleição como presidente do PSDB , o pré-candidato tucano Aécio Neves (PSDB/MG) marcou o inicio da guerra contra o que chamou de "lulopetismo", de olho em 2014 . O legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi lembrado, para fazer o contraponto com o que chamou de desmonte dos pilares da estabilização econômica e democrática nos dois anos do governo Dilma.

Outro ponto importante para Aécio foi a pacificação entre mineiros e paulistas, com a festejada participação do ex-governador José Serra a seu lado, junto com Fernando Henrique, o governador Geraldo Alckmin e outras lideranças tucanas de São Paulo.

A presença de Serra foi vista como o fim das especulações de que poderia deixar o PSDB para disputar o governo de São Paulo e até a presidência da República pelo recém criado MD, de Roberto Freire.

No discurso, Aécio disse que o PT faz eventos pelo país para comemorar os dez anos no poder porque não tem nada para celebrar nos últimos dois anos no governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o mandato dela é marcado por três aspectos: o baixo crescimento, chamado por ele de "pibinho ridículo", inflação galopante e paralisia nas obras de infraestrutura.

- Os últimos dois anos foram de fracasso. No governo Lula, eles ainda foram beneficiados pela herança do governo Fernando Henrique - afirmou Aécio, arrancando aplausos da plateia.

Aécio afirmou que a missão do PSDB é tirar o país das garras do PT, o partido político que se "encastelou" no Palácio do Planalto. Por outro lado, o novo presidente do PSDB disse que o partido "se apresentará" no momento certo para a campanha eleitorial e que mostrará um projeto de governo no ano que vem.

- Ainda nao é hora de tratar disso - ressaltou ao garantir que assume a liderança de uma legenda unida e não esfacelada.

No discurso inflamado, Aécio criticou o slogan do governo federal e disse que um país rico não é um país sem miséria, mas com educação.

- O nome correto é país rico é um país com educação. é possível fazer. Em Minas, nós fizemos.

Outro alvo dos ataques do tucano foi o que chamou de "base paquidérmica" do governo. E para garantir o apoio dos partidos aliados, o governo aumenta o seu tamanho e - para custeá-lo - tem de manter a pesada carga tributária. Aécio criticou a criação de mais um ministério para ter apenas " alguns segundos de televisão". Segundo ele, o país é o segundo lugar no ranking de países com mais ministérios. Apenas perde para o Sri Lanka que tem 56 ministérios.

- E que se cuide o Sri Lanka porque se tiver mais um partidinho daqui a pouco, o Sri Lanka fica para trás.

Antes de ir para a Convenção, Aécio se reuniu em sua casa com Serra, Fernando Henrique e outros caciques tucanos.

Presidente do PMDB de Minas Gerais, o deputado Marcos Pestana mandou seu grito de guerra logo cedo, pelo twitter: "Dá-lhe PSDB! Convenção Nacional de hoje é a arrancada para a mudança! Unidos venceremos! Dá-lhe tucanada”. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que teceu pesadas críticas ao partido há duas semanas deixando dúvidas sobre sua permanência no PSDB, também participou da convenção.

Fonte: O Globo - Por Gabriela Valente

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