A
Sra. foi a parlamentar que mais apresentou projetos nesta legislatura.
Como vê, hoje, essa missão de legislar na CLDF? É uma das legislaturas
menos produtivas?
Essa
legislatura pra mim é atípica em relação às anteriores das quais tive
oportunidade de participar. Não há empenho dos pares para votar
projetos de parlamentares. Quando nós nos reunimos é praticamente para
votar projetos de interesse do Executivo. Eu penso que quando você
propõe um projeto é porque você acredita nele, pensa que ele vai trazer
um benefício para a sociedade. É igual quando se espera um bebê,
fica-se doido para que ele nasça. Então é isso, é uma situação que
ainda não compreendi nesta legislatura. Estamos sempre aprendendo,
espero que consiga ver um desfecho nesta falta de produção e que tenha
uma resposta a esses porquês até 2014.
Seu
papel na oposição, seu empenho em apresentar projetos e em visitar
constantemente as R.A.’s vem lhe credenciando como uma alternativa ao
governo. Esse projeto é pra valer?
Eu
desde o meio do ano passado coloquei meu nome à disposição do PSD para
disputar um cargo majoritário. Disputar esses cargos não é apenas uma
vontade pessoal, tem que ter primeiro esse desejo do partido, ele tem
que comprar essa ideia. Depois de bater o martelo pelo seu nome, é
preciso buscar outros parceiros, em outros partidos, construindo
alianças sólidas. Obviamente que ninguém vai partir para uma aventura
num momento impróprio. De qualquer forma meu nome está à disposição.
O
PSD já sinalizou que pretende ter candidatura própria ao GDF. Seu nome
e o da deputada Liliane Roriz são os mais fortes para encarar essa
batalha. Como fica essa disputa interna, com uma concorrente que
carrega o nome que tem? Isso muda alguma coisa?
Acho
que isso é altamente positivo. Tivemos um exemplo recente, no governo
passado, uma disputa grandiosa entre Arruda e Paulo Octávio. O Paulo
tinha um cargo no Senado e já tinha um nome tradicional e bem
consolidado na cidade, tornando uma disputa interna no DEM muito
difícil. Acontece que essa disputa fortaleceu o partido e, durante o
período de duração do governo, foi um governo de muita atividade e de
reconhecimento popular em todas as cidades. Isso foi possível graças a
soma das experiências de ambos que fortaleceram a gestão.
Não
vejo que hoje temos espaço para uma chapa “puro sangue”, uma disputa
em alto nível dentro do próprio partido vai cacifando a pessoa para que
ela saia preparada para o desafio. Assim, ela vai se preparando e
construindo argumentos desde cedo para conquistar a eleição e estar
pronta para o embate. Essa disputa só engrandece o partido. Quando não
se é a pessoa escolhida, certamente você terá experiência para ajudar a
alavancar a candidatura partidária.
Ninguém
é candidato de si mesmo, é preciso ter alianças internas e externas. A
pior coisa é você ser abatido dentro de casa. O processo é legítimo e
termina potencializando o candidato. Obama e Hillary Clinton também são
provas disto.
Fonte: ONs e OFFs/Jornal Alô/Tiago Monteiro Tavares
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