O
governador Agnelo Queiroz abriu as portas da esperança para o deputado
Raad Massouh. Com a cabeça a prêmio, Raad engrossou o choro de quem foi
abandonado e abriu o berreiro na mídia se dizendo injustiçado pelas
denúncias que culminaram na abertura do processo de cassação de seu
mandato.
O grito
de Massouh ecoou nos gabinetes do Buriti de tal forma que Agnelo
resolveu trazer de volta para o governo Paulo Roriz, que numa eventual
perda de mandato de Raad, assumiria a vaga de deputado, uma vez que é o
1º. Suplente da coligação.
Considerando
que o julgamento de cassação do mandato parlamentar é um processo
eminentemente político, é razoável compreender que se torna impossível à
supressão de uma ponderação, por parte dos julgadores, que possa
desprezar os mais diversos aspectos que envolvem as relações
interpessoais com o julgado.
Nesse
contexto, é importante observar que a simpatia do “ Paulo Roriz” é
contrastante ao perfil circunspecto e, segundo alguns colegas
parlamentares, desagregador de Raad Massouh, o que poderia de certa
forma influenciar na adoção de um rigor acentuado na hora de promover a
interpretação de uma eventual recomendação de cassação do mandato por
parte do relator do processo, deputado Joe Valle.
Com a
retirada de Paulo Roriz da linha sucessória de Massouh, o governo lança
em cena mais um ingrediente político que poderá ser um novo abacaxi a
ser descascado pela Câmara Distrital. João Luiz Arantes, que foi
flagrado nas gravações de Durval Barbosa, passa agora a ser o suplente
da vez, que assumiria o mandato de deputado numa eventual cassação de
Raad, o que poderia se transformar em mais um grande desgaste para a
imagem da CLDF perante a sociedade.
A
correlação desses fatos pode não ser preponderante no julgamento, mas
que certamente obrigará os parlamentares a fazerem uma análise mais
ampla dos possíveis desdobramentos do caso Raad Massouh.
Fonte: Guardian Notícias - Por João Zisman
Nenhum comentário:
Postar um comentário