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segunda-feira, 4 de março de 2013

CLDF: 6,4 mil projetos estão no limbo na Câmara Legislativa

 
Já são aproximadamente 30 dias com o processo legislativo parado,  tentando acordo para a eleição dos comandos das comissões permanentes e uma pilha de projetos e encaminhamentos à espera de definição. Ao todo, 6.431 projetos em tramitação – entre projetos de lei, projetos de decreto legislativo, alterações à Lei Orgânica e indicações – aguardam a formação das comissões para serem apreciados e votados em Plenário. A previsão é de que as comissões sejam constituídas na terça-feira, quando é esperada a eleição dos dez presidentes e vice-presidentes.

Os deputados distritais conversam e conversam e se reúnem dia sim, dia não, desde as férias parlamentares, em janeiro. Os dois meses parecem não ter sido suficientes e os impasses estão emperrando o funcionamento legislativo da Câmara. Na última semana, servidores de vários setores da Casa reclamavam da demora e do acúmulo de trabalho. Todos os projetos precisam passar antes pelas comissões para, só depois, irem à Plenário.

A Câmara chegou a aprovar, na semana passada, projeto de resolução que prevê alteração ao Regimento Interno, uma delas para autorizar oficialmente o presidente a indicar relator de Plenário, uma forma de agilizar os trabalhos enquanto aguarda as eleições. Até a aprovação deste projeto, as matérias precisavam passar pela relatoria de comissão, necessariamente. 

Urgências 

Casos específicos e de urgência, como o pacote da saúde aprovado no ano passado, eram indicados para tramitação em Plenário, em caráter excepcional. Com esta alteração, o presidente, Wasny de Roure, poderá indicar um relator para analisar os projetos parados.

No último dia 26, o presidente usou a alteração para aprovar dois projetos: o que homologa convênios para a isenção de ICMS nas saídas de veículos destinados a pessoas com deficiência física, visual, mental ou com autismo, e um crédito especial à Lei Orçamentária Anual no valor de R$ 11 milhões, com recursos para a manutenção do Planetário, que deve ser entregue em meados deste ano, e para a gestão de iluminação digital no DF, com implementação de internet banda larga.

Porém, o recurso não pode ser utilizado para todas as matérias. A maioria dos 6.431 projetos precisa ser analisados dentro das comissões. São projetos parados desde 1991 e, só de 2013, já somam 335. 

Wasny minimiza 

“Temos matéria acumulada de  e é importante que as comissões voltem à plena atividade. Sei das implicações que isso causa e do custo de não votarmos, mas não temos muita coisa atrasada. O atraso diz respeito a discussões de fôlego, que são importantes também, e lamento por isso”, disse   o presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure.

Para a líder da oposição, Celina Leão (PSD),  o resultado da falta de acordo mancha a imagem da Casa. “Fica horrível para nós, já que o resultado é manipulado pelo governador, que pede para mudar o critério de escolha das comissões. É um vexame para a Casa”, criticou, ao se referir à  sessão de  quarta, quando era esperada a eleição. Por conta de uma articulação do Executivo, novos impasses foram criados nas escolhas dos presidentes das comissões. 

Fonte: Jornal de Brasília - Por Camila Costa

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