Único distrital do PTdoB avisa que obedecerá, mas pretende reverter ordem
Mais uma baixa no Governo do DF. O pequeno PTdoB anunciou ontem a saída
da base de apoio a Agnelo Queiroz.
Com mais essa, já são quatro as
perdas na coligação, todas por insatisfações quanto à distribuição dos
espaços. Desde outubro, o PTdoB ensaia o desligamento, mas a gota d’água
foi a última conversa de representantes do Diretório Nacional com o
governador, há 20 dias, sem surtir efeito.
A peça mais importante do
jogo, o deputado distrital Olair Francisco, afirmou que obedecerá a
sigla e não fará mais parte da base do governo na Câmara Legislativa.
O PTdoB sai do governo depois de várias tentativas de negociação com
Agnelo Queiroz. Desde o início deste mandato, a sigla não teve direito a
indicações para cargos no Executivo. Sua única frente de atuação é na
Câmara, com Olair. O distrital é suplente do deputado Raad Massouh (PPL)
na 2ª secretaria da Mesa Diretora e um dos cinco titulares da Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ). Além disso, indicou o administrador de
Águas Claras.
“Sempre estivemos ao lado do governo, votando com ele no que era
importante e assim vamos continuar. Votando com o que é bom para
Brasília. Mas sou partidário e vou obedecer o PTdoB”, afirmou o
deputado.
Entretanto, avisa Olair, sua vontade é permanecer na base
aliada e, até o início do ano, ele irá trabalhar para tentar conseguir
reverter o quadro de afastamento. “Podemos voltar atrás e vou investir
nisso, pois quero ser candidato majoritário do Agnelo Queiroz, ao Senado
Federal”, explicou.
O PTdoB anunciou nas últimas semanas que Olair Francisco é
pré-candidato ao Senado, para 2014. Para o secretário-geral nacional da
sigla, Marcus Vinicius Britto, este é um dos motivos para o PTdoB se
manter firme na decisão de sair da base. “O PT quer tudo. Percebemos
isso também com a composição da Mesa Diretora. A saída do partido da
base não tem volta. Tivemos 75 mil votos nas últimas elei- ções e, com
um candidato majoritário, conseguiremos mais cinco mil e faremos até
dois deputados distritais”, retrucou Britto.
Fonte: Jornal de Brasília - Por Camila Costa
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