Após conflito na escolha da Mesa Diretora, deputadas já não sabem quem está mesmo contra o Buriti

A eleição da Mesa Diretora rachou o nanico bloco do PSD na Câmara
Legislativa. O impasse por conta da indicação para a primeira secretaria
e o apoio declarado do governador Agnelo Queiroz ao oposicionista
Washington Mesquita (PSD) criaram desgastes entre as deputadas Liliane
Roriz e Celina Leão, que passaram a trocar farpas após a eleição.
Para Celina, o acordo fechado desde o início do ano dentro do bloco era
de que a deputada Eliana Pedrosa teria prioridade na escolha de um
cargo na Mesa Diretora. O combinado seria para atender a divisão de
poderes, já que os outros três parlamentares teriam pego lugares
estratégicos nas comissões permanentes. Celina não gostou da mudança de
apoio na última hora.
Águas passadas
A oposicionista evitou falar sobre o assunto, disse que já perdoou a
colega de partido, mas explicou o motivo de ter ficado com, assume,
“tanta raiva”. Celina explica que “minha indignação foi por não entender
o motivo dela (Liliane) ter mudado o acordo. Poderia ter feito isso com
clareza, dizendo que não estaria com a gente, mas deixou para fazer em
cima”.
“A Celina vive reclamando que governo passa um trator na oposição, por
ser minoria, e agora quer fazer a mesma coisa com o colega do partido”,
retrucou Liliane Roriz. A deputada teria arestas com a colega Eliana
Pedrosa e, por isso, preferiu apoiar Washington Mesquita, candidato do
governador. Além disso, Liliane guardaria mágoas do bloco por ter sido,
desde o início, preterida.
Apesar de ser vice-líder do bloco, quem teria o aval da líder Eliana
para responder pelo bloco em seu lugar seria Celina. “Esta reação da
Celina foi despropositada, um surto. A vaga não é da oposição, faz parte
de uma proporcionalidade partidária a que o PSD tinha direito, e
Washington tinha legitimidade para concorrer”, defendeu Liliane.
Celina afirmou que o bloco sempre respeitou Liliane e este não seria o
real motivo da quebra de acordo. “Seria a desculpa mais fraca que ela
poderia ter. Como uma pessoa que tem a presidência de uma comissão pode
ser preterida?”, ponderou.
Fonte: Jornal de Brasília - Por Camila Costa
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