Após sete anos de investigações, inquérito foi arquivado sem que ninguém tenha sido chamado a depor
Depois de sete anos sem avançar nas investigações, a Polícia Federal e o
Ministério Público Federal arquivaram o inquérito sobre possível
tráfico de influência de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais
velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2004, no segundo
ano do governo do pai, Lulinha recebeu R$ 5 milhões da operadora de
telefonia Telemar, atual Oi, uma concessionária pública. O dinheiro foi
injetado na Gamercorp, uma empresa de jogos eletrônicos aberta no ano
anterior com um capital de R$ 10 mil. O inquérito foi arquivado sem que
ninguém tenha sido chamado a depor. ...
À época, o Ministério Público abriu a investigação porque a Telemar,
além de ser uma concessionária pública, recebeu financiamentos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O caso Gamecorp foi o maior
escândalo envolvendo a família Lula nos oito anos de governo. O episódio
ganhou grande dimensão porque, logo depois do repasse do dinheiro, o
então presidente Lula assinou decreto permitindo a fusão da Telemar com a
Brasil Telecom, que deu origem à Oi. Até então, a legislação não
permitia o negócio. O caso Gamecorp chegou a ser analisado pela CPI dos
Correios, em 2005, no Congresso, mas, por pressão do Planalto e da
bancada do PT, os integrantes da comissão decidiram não convocar Lulinha
e representantes da Telemar e do BNDES.
Em 2010, o procurador Marcus Marcelo Goulart recomendou o arquivamento do inquérito 5a Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), um órgão da Procuradoria Geral da República. A CCR, no entanto, manteve o inquérito aberto. O arquivamento ocorreu em agosto, segundo informou a Folha de S.Paulo, após novo pedido do procurador Bruno Vieira. Desta vez, a CCR aceitou a sugestão.
Em sete anos de inquérito, o Ministério Público e a Polícia Federal não ouviram Lulinha, o pai e outros citados no escândalo. Os procuradores se limitaram a enviar pedidos de informação por escrito à Gamecorp, à Telemar e ao BNDES. No pedido, o Ministério Público perguntou à Telemar e ao BNDES se sabiam que Lulinha era filho de Lula. O pedido de informação a Lulinha só foi feito em 2009. Na defesa do filho ex-presidente, o advogado Roberto Teixeira escreveu que não havia "impedimento legal" para Lulinha participar da sociedade da Gamecorp pelo fato de ele ser filho do presidente da República.
Após analisar as respostas e confrontar com reportagens de jornais, o Ministério Público decidiu arquivar as investigações. Na interpretação do órgão, Lulinha não fez tráfico de influência e o aporte de capital na Gamecorp não causou prejuízo para os sócios da operadora de telefonia. Nos últimos anos, a empresa criada por Lulinha acumulou prejuízos. Procurados na tarde de ontem para dar detalhes do arquivamento, o Ministério Público e a Polícia Federal não retornaram telefonemas e e-mails.
Em 2010, o procurador Marcus Marcelo Goulart recomendou o arquivamento do inquérito 5a Câmara de Coordenação e Revisão (CCR), um órgão da Procuradoria Geral da República. A CCR, no entanto, manteve o inquérito aberto. O arquivamento ocorreu em agosto, segundo informou a Folha de S.Paulo, após novo pedido do procurador Bruno Vieira. Desta vez, a CCR aceitou a sugestão.
Em sete anos de inquérito, o Ministério Público e a Polícia Federal não ouviram Lulinha, o pai e outros citados no escândalo. Os procuradores se limitaram a enviar pedidos de informação por escrito à Gamecorp, à Telemar e ao BNDES. No pedido, o Ministério Público perguntou à Telemar e ao BNDES se sabiam que Lulinha era filho de Lula. O pedido de informação a Lulinha só foi feito em 2009. Na defesa do filho ex-presidente, o advogado Roberto Teixeira escreveu que não havia "impedimento legal" para Lulinha participar da sociedade da Gamecorp pelo fato de ele ser filho do presidente da República.
Após analisar as respostas e confrontar com reportagens de jornais, o Ministério Público decidiu arquivar as investigações. Na interpretação do órgão, Lulinha não fez tráfico de influência e o aporte de capital na Gamecorp não causou prejuízo para os sócios da operadora de telefonia. Nos últimos anos, a empresa criada por Lulinha acumulou prejuízos. Procurados na tarde de ontem para dar detalhes do arquivamento, o Ministério Público e a Polícia Federal não retornaram telefonemas e e-mails.
Fonte: Estadão.com
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