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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O estádio Mané Garrincha e o governador Agnelo

Uma gestão completamente afastada dos interesses do povo

 Márcio Machado
Em 2007, o então Governo do Distrito Federal vislumbrou a possibilidade de Brasília sediar a abertura dos jogos de futebol da Copa do Mundo de 2014 e definiu por fazer um projeto que atendesse às exigências da Federação Internacional de Futebol, a FIFA. Dentre tantas, a de que o nosso principal estádio, o Mané Garrincha, tivesse a capacidade para 72 mil assentos.

Havia, no entanto, uma segunda opção, que seria a de reduzir a capacidade do estádio para 40 mil assentos, caso Brasília não fosse indicada como sede da abertura do mundial. ...


Aliás, o então candidato ao governo do Distrito Federal, o senhor Agnelo Queiroz, prometeu na campanha eleitoral de 2010 que caso fosse eleito governador e Brasília não fosse indicada como sede da abertura da Copa de 2014, ele próprio determinaria que a obra do estádio teria sua capacidade reduzida para 40 mil assentos.


Antes do anúncio da Fifa, em 2010, o contrato de construção da nova arena fora assinado, no valor de R$ 676 milhões, e já previa a capacidade para 72 mil torcedores.


Hoje, dois anos após essa assinatura, estima-se que o preço final da obra ficará próximo a R$ 1,2 bilhão. Por outro lado, o orçamento estimado para construir o estádio com capacidade de 40 mil assentos era de R$ 350 milhões.


No inicio de 2011, a FIFA definiu que Brasília não seria sede da abertura dos jogos da Copa de 2014.


Qual deveria ser, então, a decisão do governador Agnelo Queiroz que todos esperavam, a mais correta, visando o interesse público? Naturalmente mandar reduzir a capacidade do Estádio Mané Garrincha para 40 mil assentos, reduzindo os custos da obra em aproximadamente R$ 800 milhões.


Uma diferença gigantesca de orçamento que poderia estar sendo utilizada na educação, saúde, segurança e infraestrutura, principalmente nas cidades mais carentes e que hoje sentem o abandono por parte do Estado.


Este governo, definitivamente, não está preocupado com os diversos problemas que afligem a população do Distrito Federal. Não tem programa e muito menos um projeto de Governo. Apenas dá continuidade às obras e projetos do governo anterior. Não tem critério e não estabelece prioridades.


É uma gestão sem transparência, que está completamente afastada dos interesses do povo. E o mais lamentável: sem demonstrar o mínimo compromisso em retomar o desenvolvimento do Distrito Federal. 
 
Fonte: Por Márcio Machado - É engenheiro, ex-secretário de Obras do DF e presidente do PSDB/DF.

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