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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eleições 2014: Presidente Dilma Rousseff tenta "segurar" aliado Eduardo Campos e o PSB

   Com receio de perder aliado, presidente conversa com Eduardo Campos, que pode alçar vôo solo em 2014. 
 
Sem cravar seu apoio à recondução de Michel Temer como seu vice em 2014, e às eleições de Renan Calheiros (AL) e Henrique Eduardo Alves (RN) para as presidências do Senado e Câmara, a presidente Dilma Rousseff chamou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para uma reunião privada, sem o PT, na noite desta quarta-feira, 7, no Palácio da Alvorada, menos de 24 horas depois de se reunir com as cúpulas do PMDB e PT.

Mais que o PMDB, que já tem apoio amarrado com Temer, Dilma e o ex-presidente Lula jogam tudo para segurar o PSB na aliança , para impedir seu vôo solo em 2014.

Dilma, depois de conversar com Lula na véspera, decidiu antecipar o encontro com Campos, que seria só na próxima quarta-feira, em Salvador, durante reunião de governadores do Nordeste.

Antes de se dirigir ao Planalto, Eduardo Campos se reuniu com as bancadas do PSB na Câmara e Senado, em um jantar para homenagear os prefeitos eleitos do partido. O ministro do Desenvolvimento Regional Fernando Bezerra Coelho se encontraria com Campos depois da reunião com Dilma. Segundo fontes do PSB, não há possibilidade do PSB entregar os dois ministérios enquanto não definir que rumo tomar em relação a 2014.

- Dilma chamou e Eduardo Campos foi com o prefeito eleito Geraldo Júlio, oficialmente para apresentá-lo à presidente e tratar de questões da prefeitura de Recife. Mas lógico quem ia dar um gelo no governador, depois das disputas em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. Esse chamado, logo depois do encontro em que deixou tudo em aberto com o PMDB, tem um significado. Ela chamou o PSB muito antes do que o esperado - observou um dos interlocutores de Eduardo Campos.

O grande temor de Lula e Dilma é que Eduardo Campos repita em 2014 a dobradinha que fez com o PSDB nas eleições municipais. Ele e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) celebraram uma parceria informal que está deixando o PT de cabelo em pé.

- Nesse primeiro encontro com Eduardo Campos, Dilma deve sentir a temperatura e grau de envolvimento com o PSDB daqui pra frente. O clima no jantar do partido , com 30 deputados e os prefeitos eleitos, era de muita confiança e coesão para nosso projeto próprio em 2014 - contou um dos parlamentares presentes ao jantar.

Na reunião de quarta-feira à noite com o PMDB, a presente Dilma evitou declarar apoio as candidaturas de Renan e Henrique Eduardo Alves, o que deixou a cúpula do partido frustrada. No PSB, o deputado Júlio Delgado (MG) corre por fora e pode lançar sua candidatura para bater chapa com Henrique. A vice-presidente da Casa, Rose de Freitas (ES), também não descarta sua candidatura.

- É importante que os partidos, PT e PMDB, cumpram o acordo firmado para as presidências da Câmara e Senado, mas o governo não vai se meter nisso - disse Dilma ao peemedebistas.

Fonte: Guardian Notícias / O Globo

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