Entre
os endereços de busca e apreensão da Operação Mangona, que investiga o
desvio de dinheiro público e tem como alvo o deputado distrital Raad
Massouh, está a casa e o escritório do administrador do Sudoeste e
Octogonal, Marcello Siciliano (foto). Ele é uma indicação de Raad, que é
deputado, mas estava licenciado para o Executivo, onde chefia a
Secretaria de Micro e Pequenas Empresas.
Conduzida pelo Ministério Público do Distrito Federal e pela Polícia
Civil, a Operação cumpriu ontem 14 mandados de busca e apreensão para
recolher documentos e informações que ajudem a apurar denúncias de mau
uso de emendas parlamentares destinadas a eventos em 2010.
Houve busca e apreensão também na casa de Ana Cristina Jacobino, onde a
Polícia e o MP apreenderam cadernetas com informações que podem
contribuir para elucidar algumas das suspeitas levantadas contra Raad.
Nas cadernetas há supostos nomes e cargos de servidores, além de
valores anotados. Ana Cristina é ex-chefe de gabinete de Raad Massouh.
Os investigadores alcançaram ainda a casa de Luiz Henrique Ramiro da
Silva, conhecido como Kiko, um dos principais assessores do deputado
investigado. Ele chegou a trabalhar oficialmente para Raad na Câmara,
mas acabou afastado porque não se enquadrava na exigência da ficha limpa
para ocupar cargo público. Mesmo assim há relatos de que continuava
assessorando o distrital nos bastidores.
Entre os locais de busca e apreensão da Mangona estavam ainda a
Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, no anexo do Palácio do Buriti, a
casa e o rancho de Raad Massouh, que anunciou ontem o retorno para a
Câmara Legislativa.
Fonte: Blog da Lilian Tahan / Correio Braziliense
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