Descaso, incompetência administrativa e suspeita de um novo esquema de corrupção fizeram com que o Ministério da Saúde não desse uso a 13,7 mil litros de plasma sanguíneo avaliados em US$ 1,6 milhão
TRÊS MINISTROS ESCONDERAM O DESPERDÍCIO Humberto Costa, José Gomes Temporão e Alexandre Padilha (da esq. para a dir.): sangue jogado fora |
A cada ano, o Ministério da Saúde gasta milhões em campanhas de
incentivo à doação de sangue. Boa parte dessas doações é industrializada
fora do País e retorna como hemoderivados, medicamentos essenciais no
tratamento de hemofílicos.
A matéria-prima desse processo é o plasma
sanguíneo, um insumo tão cobiçado que um litro chega a custar US$ 120 no
mercado internacional – tanto quanto um barril de petróleo.
O
Ministério da Saúde esconde em um depósito no Distrito Federal um
carregamento de 55 mil bolsas de plasma humano, avaliado em US$ 1,6
milhão, mas cuja validade está vencida há pelo menos cinco anos.
O
segredo, que pode causar estragos às pretensões políticas dos
ex-ministros da Saúde Humberto Costa e José Gomes Temporão, além do
atual ministro, Alexandre Padilha, está trancado a 50 graus negativos
numa câmara frigorífica vigiada por seguranças armados.
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Fonte: Revista ISTOÉ - N° Edição: 2234 - 01/09/2012
Blog do Edson Sombra
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