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Dia 10 de fevereiro de 2012, o soldado João Dias Ferreira postou em sua
pagina na internet um recado direto para o governador do Distrito
federal, Agnelo Queiroz. João Dias pergunta o que o carro Honda Civic
preto placa JHA 9455 esta fazendo nas mãos de Luiz Carlos de Coelho
Medeiros e vai além. Disse que Geraldo Nascimento e Eduardo Pereira
Tomás haviam transportado R$ 256 mil reais neste carro. Quem recebeu
esse dinheiro? O carro hoje está estacionado no pátio de um laboratório
de medicamentos no interior de São Paulo.
Luiz
Carlos de Coelho Medeiros foi o responsável pelas montagens da ONGs
para Agnelo e João Dias no programa Segundo Tempo, no Ministério dos
Esportes. Eduardo Pereira Tomás foi apontado por João Dias como o
contato que teria repassado dinheiro na garagem do Ministério dos
Esportes para o ex-ministro Orlando Silva. A denúncia do soldado
culminou na queda de Orlando no ministério.
Agora
Agnelo Queiroz monta uma operação “Paraguai” para camuflar um presente
que o soldado João Dias havia entregue para ele. A CPMI do Cachoeira
identificou pelo menos três depósitos do governador para João Dias. A
assessoria do GDF diz agora em nota oficial que o carro teria sido
comprado com o pagamento de dez cheques, mas desfeito o negócio dois
meses depois. Mentira. Agnelo ficou quase cinco meses com o carro.
Os
três pagamentos que Agnelo diz ter recebido de volta em dinheiro, também
não é verdade. Segundo João o governador teria passado o carro para
terceiros e nunca teve essa historia de dez cheques, tão pouco devolução
do dinheiro e acrescenta “a preocupação de Agnelo é com o dinheiro que
foi transportado por Geraldo Nascimento e Eduardo Pereira, é isso que
preocupa o Governador”.
João
Dias disse estar pronto para falar na CPMI do Cachoeira. Será uma boa
oportunidade para o soldado contar sobre a origem do dinheiro que o
então secretário de Governo, Paulo Tadeu, tentou pagar pelo silêncio do
escândalo Daniel Tavares.
Em
entrevista exclusiva concedida no final de 2011 para a Revista QUIDNOVI
gravada em áudio e vídeo, João Dias disse que os R$200 mil reais deixado
em sua casa pelo irmão de Paulo Tadeu e pelo chefe da Casa Militar,
Tenente Coronel Rogério Leão, a mando de Agnelo, teria saído de Carlos
Cachoeira, antes do escândalo da Operação Monte Carlo.
O
soldado disse também não conhecer Carlos Cachoeira, e mostrou durante a
entrevista extratos bancários com depósitos para Agnelo.
Disse ainda que
o escândalo “Sudoeste Caboclo” revelado pelo QUIDNOVI, teria dinheiro
de caixa 2 da campanha de Agnelo, para pagamentos da compra de
testemunhas que comprovavam o desvio de dinheiro no programa Segundo
Tempo do Ministério dos Esportes.
A testemunha corrompida foi a tia de
Michael Alexandre Vieira da Silva, a sargento da policia militar do DF,
Marlene Silva.
O
Líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias vai pedir a convocação imediata do
soldado na CPMI do Cachoeira.
Agnelo teme que seu ex-secretário de
governo, o deputado federal, Paulo Tadeu, seja responsabilizado pelo
pagamento de R$200 mil reais devolvidos no gabinete no Palácio do
Buriti.
A origem do dinheiro chegará com certeza no esquema de jogo do
bicho comandado por Carlos Cachoeira.

Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa
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