Senador que já deixou o DEM e corre o risco de perder o
mandato por denúncias que o relacionam com o bicheiro Carlos Cachoeira
admite a colegas que seu maior temor é ser preso; ele depõe no Conselho
de Ética do Senado na próxima segunda
247 – Acusado de ter favorecido o
contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, o senador
Demóstenes Torres (sem partido/GO) já deixou o partido o qual era
filiado, o DEM, e corre o risco de perder seu mandato no Senado por ter
mentido na bancada, alegando que não tinha relações íntimas com
Cachoeira. Um processo de quebra de decoro parlamentar, contra ele,
corre no Conselho de Ética da casa.
O maior medo do senador, no entanto, é ir para a cadeia. Segundo a
colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo, Demóstenes já confessou
esse temor a colegas que o procuram. Nota publicada na edição desta
segunda-feira 21 (leia aqui se for assinante)
relembra o caso de Jader Barbalho (PMDB/PA), que renunciou ao mandato
de senador em 2001 – quando era alvo de processo de cassação por
suspeita de desvio de recursos do Banco do Estado do Pará na época em
que governou o Estado – e foi preso em 2002.
Por enquanto, Demóstenes tem uma estratégia. Sua defesa alega que os
grampos da Polícia Federal não poderiam ser usados contra ele, que teria
direito a foro privilegiado. Nesse caso, a PF teria de ter pedido
autorização ao Supremo Tribunal Federal antes de gravar as conversas do
senador, obtidas pelas operações Vegas e Monte Carlo, esta responsável
pela prisão de Carlos Cachoeira. Ele foi aconselhado por seus advogados,
portanto, a não falar sobre os diálogos em que foi flagrado com o
bicheiro. Demóstenes tem depoimento no Conselho de Ética marcado para a
próxima segunda-feira 28.
Fonte: Brasília 247 - 21 de Maio de 2012 às 13:31
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