Camila Costa, Jornal de BrasíliaA corrida para a presidência da Câmara Legislativa, embora precoce, começa a tomar contorno. Entretanto, ao que tudo indica, as articulações passam a ganhar um tom sutil para que os distritais não coloquem nada a perder. A bancada do PT-PRB já adotou postura silenciosa, até para não criar ruídos dentro do bloco, que teria pelo menos três interessados: o atual presidente, Patrício (PT), na tentativa da reeleição, a recém chegada Arlete Sampaio (PT) e o líder de governo, Wasny de Roure (PT). Outro nome, do distrital Agaciel Maia (PTC), é trabalhado sutilmente nos bastidores.
Economista e especialista em Orçamento, o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (Ceof) da Câmara prefere não entrar nesta discussão, por enquanto. Pessoas próximas ao parlamentar confirmam a vontade do distrital de estar no topo da Mesa Diretora. Inclusive, quem o conhece diz que o deputado deve usar de habilidade no jogo em questão. “Este tema virá apenas em outubro, pois teremos o período eleitoral antes da reunião que tratará do assunto. Até porque não posso entrar nesta discussão com um presidente ativo, com um ano de mandato ainda pela frente”, explica Agaciel (foto).
Apesar dos rumores, o parlamentar nega ser um dos candidatos ao cargo e o motivo seria estratégico. “Você não pode querer ser candidato, tem que ser candidato dos deputados. Por mais que você seja inteligente, manifestar-se agora é saber que não será eleito”, garante Maia.
DISCRIÇÃO - A petista Arlete Sampaio também quer manter o assunto frio, no entanto admite que o seu nome já esteja na disputa. Segundo Arlete, a decisão de não levantar “burburinhos” é do bloco. “Tô seguindo o que a bancada definiu, então até o tempo certo vamos deixar o debate forae dar prosseguimento no segundosemestre”, afirma.
Líder do bloco - PMDB-PSL-PTC-PSC-PTdoB, Rôney Nemer (PMDB), garante que apoiaria Agaciel. “É certo que teremos lugar na Mesa e, se quiser a presidência, vamos apoiar”, afirma. Nos bastidores, a tentativa é de acomodar na presidência um deputado não petista.
Na linha da cautela - Apesar de não afirmar sua intenção para a presidência da Casa, Wasny de Roure (PT) é a favor da mudança na gestão da Casa, até para tentar criar mais empatia com a população. Para o distrital, é o momento de repensar o modelo de gestão e apostar em uma mudança de compromissos e propostas. “Não estou discutindo isto, pois é um processo que deve transcorrer durante o ano, mas sou a favor da troca de comando”, garante.
Segundo Wasny, durante 2011 os deputados fizeram muitas coisas positivas, mas que não são observadas porque a Casa não tem credibilidade. Escolher um presidente que tenha carisma e simpatia da população, além de programa de política, pode, na opinião do parlamentar, ajudar a melhorar o trabalho dos deputados. “Não é um problema só de Gestão. Temos o problema do individual, mas do coletivo também” , avalia Wasny.
Fonte: Blog do Honorato - Da redação em 02/03/2012 11:22:30
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