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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

NOTAS PARA TENTAR LIMPAR IMAGEM DA POLÍCIA CIVIL 'AGORA..??'

Notas para tentar limpar imagem da Polícia Civil  
Após onda de acusações contra o então diretor-geral, Onofre de Moraes, sindicatos investem pesado para desvincular denúncias de agentes e delegados da instituição; busca por diretor “ficha limpa” atrasa escolha do substituto
 
Brasília247 – A demora na escolha do diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal para substituir Onofre de Moraes tem justificativa. Depois de ser obrigado a conviver com as imagens de o principal nome da instituição criticando-o pelas costas na casa do jornalista Edson Sombra, o governador Agnelo Queiroz quer se certificar de que o próximo indicado não cometeu erros graves no passado. As cenas de Onofre de Moraes na casa do jornalista repercutiram tão mal na sociedade que os sindicatos dos agentes e delegados da Polícia Civil logo correram para se retratar perante a comunidade.

“É necessário compreender que uma ínfima fração dos componentes da instituição, não pode ser confundida com o todo de policiais que prestam inestimável serviço à sociedade”, frisa a nota do Sindicato dos Policiais Civis. Para tentar melhorar a imagem da instituição perante a sociedade, o sindicato gasta com a divulgação da nota em duas emissoras de televisão e uma rádio. Presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas conta que a divulgação serve para mostrar à população não se deve generalizar a instituição pelo erro de um. Ele não quis contar o valor investido, mas ressaltou que não é barato.

No texto, o Sinpol alega que como “não permitirá que os policiais sejam nivelados a acontecimentos que não condizem com a realidade, haja vista que atos isolados não podem ser confundidos com o de toda uma corporação”. E ainda pede que a população volte a confiar na ação dos policiais. “A população deve continuar confiando no trabalho que é desenvolvido por profissionais reconhecidos em todo o País”, reitera dizendo que polícia deve servir aos anseios do estado e não ao governo.

O Sindicato dos Delegados também divulgou nota na tentativa de reforçar a competência dos policiais no Distrito Federal. “Os delegados de polícia exigem que toda e qualquer conduta de seus servidores, dissonante de uma postura honesta, legal ou moral, seja rigorosamente apurada pelas esferas competentes e analisada pelos respectivos poderes constituídos, sempre dentro do devido processo legal”, conta em nota divulgada no site do Sindepo. “Por outro lado, os delegados não admitem que sejam maculados de forma genérica, leviana e irresponsável”.

Mas a própria dificuldade do governador em encontrar um nome para assumir a direção-geral da Polícia Civil pode macular a imagem dos profissionais. O fato de serem concursados e delegados com mais de 15 anos de carreira não garante idoneidade em envolvimentos pregressos.

Após agenda pública na manha desta terça-feira, o governador Agnelo Queiroz mudou mais uma vez a data da divulgação do nome, prevista para esta terça-feira (7). Ao ClicaBrasília, Agnelo alegou que o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, revelará o escolhido na sexta-feira (10). Assim, ganha mais tempo para escolher o substituto de Onofre de Moraes.

No páreo estão: o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional, Eric Seba, o subsecretário do Sistema Penitenciário (Sesipe), Cláudio Moura Magalhães, e Jorge Luiz Xavier, que atualmente trabalha na inteligência da Secretaria de Segurança Pública. Também é sondado o chefe da Segurança Institucional da Câmara Legislativa, Maurílio de Moura Lima Rocha. Atualmente, o diretor-adjunto João Rodrigues ocupa o posto como interino.


Queda

O diretor-geral da Polícia Civil caiu depois que a revista Veja publicou denúncias no último final de semana de que o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, teria recebido uma oferta de R$ 150 mil de Moraes para não fazer denúncias contra integrantes do atual governo. A publicação afirma que Onofre teria procurado Sombra para que repassasse a oferta a Barbosa. Após a acusação, Onofre deu entrevista ao Correio Braziliense ondeu negou as acusações, tentou desqualificar o jornalista Edson Sombra e o desafiou. Aí, o caldo desandou. Sombra resolveu acatar as ordens de Onofre, que pedia que fosse divulgado algum vídeo, caso houvesse.

Edson Sombra começou as postagens do Big Brother Brasília. Na primeira, revelou que Onofre o procurou em sua casa, na 716 Norte, no dia seguinte à reportagem da Revista Veja. Nas imagens do circuito de segurança do dia 28 de janeiro, Onofre toca a campainha, não é atendido e vai embora. Por nota, Onofre disse que havia visitado o jornalista para retribuir a ida dele ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).

Depois, em 1º de fevereiro, Sombra fez nova postagem em seu blog. Desta vez, mostrou um vídeo de 16 de junho de 2011, quando Onofre estava ressentido por não ser o primeiro escolhido do governador para assumir o cargo. Ele dizia para Agnelo procurar a então diretora Mailine Alvarenga quando tivesse de deixar o governo "de camburão da Polícia Federal". Por isso, a necessidade de escolher a dedo o terceiro diretor-geral desta gestão.

Fonte: Brasília 247 - 07 de Fevereiro de 2012 às 17:18

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