O Palácio do Planalto vai trabalhar para preservar o ministro Fernando Bezerra (Integração), como forma de não ampliar o saldo de ministros que deixaram o governo Dilma Rousseff, informa reportagem de Natuza Nery e Leandro Colon, publicada na Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A orientação para blindá-lo tem dois pressupostos. A tentativa de resistir ao que é considerado pelo governo como uma campanha para derrubá-lo, às vésperas da reforma ministerial, e o temor do desgaste com o PSB, partido do ministro.
Ontem, a oposição pediu explicações sobre o privilégio que o ministro deu ao seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), na liberação do maior volume de emendas parlamentares da pasta em 2011, conforme a Folha revelou na edição deste sábado.
Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.
"Isso não é normal. Ocorreu um privilégio e isso tem de ser explicado. Como o Congresso vai reagir? Os partidos todos vão querer saber por que houve esse privilégio", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).
Em nota, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também pediu esclarecimentos ao ministro da Integração e avisou que pretende protocolar um requerimento de informação.
O presidente do DEM e o líder tucano ainda responsabilizaram Dilma Rousseff pela crise envolvendo a liberação de recursos na pasta.
Fonte: Folha de S.Paulo
Blog do Edson Sombra
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