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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ABERTA A SUCESSÃO DE AGNELO QUEIROZ

O Distrito Federal já tem nomes para disputar a eleição de 2014: Rogério Rosso, do PSD, os pedetistas Antônio Reguffe e Cristovam Buarque e o peemedebista Tadeu Filippelli. Primeiro suplente do PMDB, que perdeu a eleição por poucos votos, Rosso ganhou visibilidade quando foi governador, apesar de ser um mandato-tampão. Antes disso, na gestão de José Roberto Arruda, como presidente da Companhia de Planejamento do DF (Co­deplan), já havia conquistado notoriedade ao implantar uma metodologia para identificar indicadores sociais do DF e do Entorno. Rosso tem uma base eleitoral forte em Ceilândia, onde chegou a morar com a família.

Ao migrar para o PSD, Rosso herda parte dos eleitores de Joaquim Roriz (PSC), que está afastado da política por problemas de saúde. Os rorizistas sabem que o PSC sem Roriz não existe e tendem a se aglutinar em torno do PSD. Além de ser herdeiro natural do rorizismo, Rosso é carismático, roqueiro, bem casado e simpático. Tem votos na classe média e alta e na periferia.

O deputado federal Antônio Reguffe não tem a densidade eleitoral de Rosso, mas tem um voto de peso: da classe média do Plano Piloto. Economista, carioca radicado em Brasília, eleito deputado federal com a maior votação proporcional do País, Reguffe incorporou o discurso moralista da classe média. Abriu mão dos benefícios e ajudas de custo parlamentar e do 14º e 15º salários que teria direito a receber. Todavia, Reguffe não consegue entrar na periferia. Já o senador Cristovam Buarque (PDT) tem voto na periferia — Ta­guatinga, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riacho Fundo — e no meio acadêmico. O senador não consegue entrar nos bolsões de miséria, reduto do rorizismo.

Nem mesmo Ag­nelo Queiroz (PT) consegue vo­tos nessas regiões. Cristovam Buar­que adota um discurso mais mo­ralista e defende a inclusão social via educação, tema bem aceito pela classe média. O vice-governador Tadeu Filippelli divide os votos da classe média da periferia, principalmente dos condomínios, e os de Roriz. Ele se mantém discreto no governo para não se contaminar com o desgaste de Agnelo Queiroz, mas não deve sair ileso. A surpresa no quadro pode ser a volta de José Roberta Arruda.

Por Andréia Bahia

Fonte: Jornal Opção
Blog do Edson Sombra

Um comentário:

  1. Sobre as acusações conta o ex-governador Arruda, cabe uma pergunta: Quem é Durval Barbosa? Sabe-se que atuou nos dois governos de Joaquim Roriz e foi processado em oito varas de Fazenda Pública, além de dois processos criminais, em cifras que alcançam R$ 391.593.741. Sabe-se que atualmente ele responde a 37 processos. Todos relativos aos anos 2000 e 2006, quando dirigia a Codeplan (Companhia de Desenvolvimento do Distrito Federal). Sabe-se que é acusado do desvio de R$ 430 milhões dos cofres públicos. Sabe-se que da lista de crimes de que Durval é acusado, (chantagem, corrupção, formação de quadrilha, improbidade administrativa e fraude em licitações) incluindo os processos que tramitam em segredo de justiça, é bastante extensa. Será que alguém com essa folha corrida tem direito de fazer acusações a quem quer que seja?

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