O repórter da IstoÉ, Claudio Dantas, registrou um boletim de ocorrência, na última segunda-feira (12), após ter sido ameaçado por Ailton Queiroz, irmão do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, durante conversa telefônica.
Dantas procurou Ailton, assim como outros familiares que não retornaram os contatos, na última sexta-feira (9), a fim de consultá-lo para a apuração de uma reportagem sobre a evolução patrimonial da família. O empresário foi um dos autores do relatório que denunciava a existência de grampos no Supremo Tribunal Federal (STF), quando trabalhava na instituição, em 2008.
Ao Portal IMPRENSA, o jornalista contou que Ailton atendeu-o "primeiramente com ironia" e depois passou à agressividade. Desde o princípio, o profissional identificou-se como repórter da revista e explicou ao entrevistado do que se tratava a matéria e como ele seria mencionado. Irritado, o irmão do governador teria dito que não devia "satisfações sobre sua vida pessoal" e passou a fazer insinuações ao repórter. "Você sabe onde eu trabalhava? [referindo-se ao STF]. Você sabe quem eu sou?", teria questionado a Dantas.
O jornalista destacou que, em todo momento, pediu calma a Ailton e o alertou sobre a ameaça. Não é a primeira vez que isso acontece. Segundo Dantas, o que fez com que o repórter registrasse um boletim de ocorrência foi a insinuação do empresário, que dizia saber de "informações de sua vida pessoal". "É natural que a gente ouça determinadas coisas, se depare com a agressividade. O que me surpreendeu não foi só a ameaça, mas o fato de que ele teria informações da minha vida pessoal", contou, mencionando o conhecimento do empresário sobre a marca de sua moto e do bairro onde morava. "Foi uma forma de garantir e me preservar, caso algo venha a acontecer".
A matéria da IstoÉ foi publicada na última edição da revista. Segundo Dantas, reações como a de Ailton "reiteram as suspeitas", o que acaba "comprometendo a visão deles" no caso. "Se a pessoa não deve nada, o natural é que ela esclareça todos os pontos".
Para o jornalista, "o papel da imprensa é investigar, denunciar. Não se trata de campanha ou conspiração contra o governador, mas de um trabalho sério da imprensa, em fiscalizar o Poder Público".
O empresário preferiu não comentar as ameaças e disse que, "em momento propício", se pronunciará sobre o caso. "Tudo se distorce propositadamente", ressaltou ao Portal IMPRENSA.
Com informações da Abraji.
* Com supervisão de Gustavo Ferrari
Dantas procurou Ailton, assim como outros familiares que não retornaram os contatos, na última sexta-feira (9), a fim de consultá-lo para a apuração de uma reportagem sobre a evolução patrimonial da família. O empresário foi um dos autores do relatório que denunciava a existência de grampos no Supremo Tribunal Federal (STF), quando trabalhava na instituição, em 2008.
Ao Portal IMPRENSA, o jornalista contou que Ailton atendeu-o "primeiramente com ironia" e depois passou à agressividade. Desde o princípio, o profissional identificou-se como repórter da revista e explicou ao entrevistado do que se tratava a matéria e como ele seria mencionado. Irritado, o irmão do governador teria dito que não devia "satisfações sobre sua vida pessoal" e passou a fazer insinuações ao repórter. "Você sabe onde eu trabalhava? [referindo-se ao STF]. Você sabe quem eu sou?", teria questionado a Dantas.
O jornalista destacou que, em todo momento, pediu calma a Ailton e o alertou sobre a ameaça. Não é a primeira vez que isso acontece. Segundo Dantas, o que fez com que o repórter registrasse um boletim de ocorrência foi a insinuação do empresário, que dizia saber de "informações de sua vida pessoal". "É natural que a gente ouça determinadas coisas, se depare com a agressividade. O que me surpreendeu não foi só a ameaça, mas o fato de que ele teria informações da minha vida pessoal", contou, mencionando o conhecimento do empresário sobre a marca de sua moto e do bairro onde morava. "Foi uma forma de garantir e me preservar, caso algo venha a acontecer".
A matéria da IstoÉ foi publicada na última edição da revista. Segundo Dantas, reações como a de Ailton "reiteram as suspeitas", o que acaba "comprometendo a visão deles" no caso. "Se a pessoa não deve nada, o natural é que ela esclareça todos os pontos".
Para o jornalista, "o papel da imprensa é investigar, denunciar. Não se trata de campanha ou conspiração contra o governador, mas de um trabalho sério da imprensa, em fiscalizar o Poder Público".
O empresário preferiu não comentar as ameaças e disse que, "em momento propício", se pronunciará sobre o caso. "Tudo se distorce propositadamente", ressaltou ao Portal IMPRENSA.
Com informações da Abraji.
* Com supervisão de Gustavo Ferrari
Fonte: Portal Imprensa
Blog do Edson Sombra

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