Acusado de irregularidades na Pasta, ministro do Trabalho decide entregar seu cargo após reunião com a presidente Dilma Rousseff na tarde de hoje; atribui à decisão a "perseguição política e pessoal da mídia"; leia carta de demissão
247 - O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, entregou seu cargo após uma reunião com Dilma Rousseff, na tarde deste domingo, segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo.
Lupi foi o ministro que resistiu mais tempo no cargo após serem feitas denúncias de corrupção na Pasta. Reportagem publicada na revista Veja em 9 de novembro afirmava que assessores recebiam propina. A presidente Dilma pretendia resolver de vez a situação de Lupi após sua volta de Caracas, onde participava de um entre países da América Latina e Caribe. Ele é o sétimo ministro do governo Dilma a cair, sendo seis deles por denúncias de irregularidades na Pasta.
Leia abaixo carta de demissão publciada no blog do Ministério do Trabalho:
Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa — decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.
Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo.
Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.
Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.
Carlos Lupi
Ministro do Trabalho e Emprego
Fonte: Brasília 247 - 04 de Dezembro de 2011 às 20:45
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