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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

BENÍCIO TAVARES SÓ SAI EM JANEIRO

Benício só sai em janeiro 
Convocação do suplente do peemedebista, Rogério Negreiros (foto), só será publicada na primeira edição do Diário da Câmara Legislativa de 2012; defesa de parlamentar cassado estuda retomar a vaga
 

Brasília 247A Procuradoria da Câmara Legislativa acatou a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski, de cassar o mandato do deputado distrital Benício Tavares (PMDB). Nesta quinta-feira (22) o presidente da Casa, deputado Patrício (PT), comunicou Benício da decisão.

A convocação do primeiro suplente do partido Robério Negreiro, no entanto, será publicada somente no Diário da Câmara de 2 de janeiro, devido ao recesso de fim de ano. A posse deve ocorre um mês depois, com o retorno do recesso parlamentar.

Único distrital a vencer as cinco eleições para deputado desde a criação do Legislativo local, em 1990, Benício perdeu o cargo após ser acusado de abuso de poder econômico e captação ilícita de votos na campanha eleitoral de 2010. Considerado um highlander, ou seja, um deputado imortal - por já ter sobrevivido a escândalos como o da acusação de pedofilia a bordo de um barco que naufragou no Pará  - o parlamentar deixa a vaga aos 55 anos para um empresário 22 anos mais novo, herdeiro de um império formado por a empresa de segurança Brasfort. A defesa de Benício se movimenta para retomar o posto.

A empresa é conhecida por presta serviço à órgãos públicos e tem contratos milionários com o governo do Distrito Federal e em ministérios na Esplanada dos Ministérios. O jovem empresário, de 33 anos, renova a bancada dos parlamentares que tem negócios no Executivo. Além dele, familiares dos deputados Eliana Pedrosa (PSD) e Cristiano Araújo (PTB), que atualmente é secretário de Ciência e Tecnologia do DF, mantêm contratos empresariais com o governo.

Brasiliense, Robério é formado em Ciências Jurídicas, casado e pai de três filhos. Em 2004, chegou a ser citado na Operação Sentinela, da Polícia Federal, que desbaratava uma quadrilha que fraudava licitações no Tribunal de Contas da União.

Assim como Benício, o suplente também responde a processo no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal por supostamente ter violado o artigo 301 do Código Eleitoral: “usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos”. Ele nega.

Em entrevista ao Correio Braziliense, Robério garante não ter compromisso com ninguém a não ser com seu pai, único patrocinador de sua campanha na eleição de 2010. Desse apoio surgiram quase 10 mil votos, que o colocou na 37ª posição dentre os 822 candidatos que disputaram as eleições.

Fonte: Brasília 247 - 23 de Dezembro de 2011 às 10:24

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