Convocação do suplente do peemedebista, Rogério Negreiros (foto), só será publicada na primeira edição do Diário da Câmara Legislativa de 2012; defesa de parlamentar cassado estuda retomar a vaga
Brasília 247 – A Procuradoria da Câmara Legislativa acatou a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski, de cassar o mandato do deputado distrital Benício Tavares (PMDB). Nesta quinta-feira (22) o presidente da Casa, deputado Patrício (PT), comunicou Benício da decisão.
A convocação do primeiro suplente do partido Robério Negreiro, no entanto, será publicada somente no Diário da Câmara de 2 de janeiro, devido ao recesso de fim de ano. A posse deve ocorre um mês depois, com o retorno do recesso parlamentar.
Único distrital a vencer as cinco eleições para deputado desde a criação do Legislativo local, em 1990, Benício perdeu o cargo após ser acusado de abuso de poder econômico e captação ilícita de votos na campanha eleitoral de 2010. Considerado um highlander, ou seja, um deputado imortal - por já ter sobrevivido a escândalos como o da acusação de pedofilia a bordo de um barco que naufragou no Pará - o parlamentar deixa a vaga aos 55 anos para um empresário 22 anos mais novo, herdeiro de um império formado por a empresa de segurança Brasfort. A defesa de Benício se movimenta para retomar o posto.
A empresa é conhecida por presta serviço à órgãos públicos e tem contratos milionários com o governo do Distrito Federal e em ministérios na Esplanada dos Ministérios. O jovem empresário, de 33 anos, renova a bancada dos parlamentares que tem negócios no Executivo. Além dele, familiares dos deputados Eliana Pedrosa (PSD) e Cristiano Araújo (PTB), que atualmente é secretário de Ciência e Tecnologia do DF, mantêm contratos empresariais com o governo.
Brasiliense, Robério é formado em Ciências Jurídicas, casado e pai de três filhos. Em 2004, chegou a ser citado na Operação Sentinela, da Polícia Federal, que desbaratava uma quadrilha que fraudava licitações no Tribunal de Contas da União.
Assim como Benício, o suplente também responde a processo no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal por supostamente ter violado o artigo 301 do Código Eleitoral: “usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos”. Ele nega.
Em entrevista ao Correio Braziliense, Robério garante não ter compromisso com ninguém a não ser com seu pai, único patrocinador de sua campanha na eleição de 2010. Desse apoio surgiram quase 10 mil votos, que o colocou na 37ª posição dentre os 822 candidatos que disputaram as eleições.
Fonte: Brasília 247 - 23 de Dezembro de 2011 às 10:24
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