O Globo
André Luiz Figueira Cardoso, advogado do soldado da policia militar João Dias Ferreira (foto), disse que seu cliente recebeu na terça-feira, em casa, R$ 200 mil em dinheiro por emissários do governo do Distrito Federal. Segundo ele, o dinheiro seria uma espécie de "cala boca". O PM é o autor das denúncias que levaram à demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva e que respingaram no atual governador do DF, Agnelo Queiroz. Agnelo antecedeu Orlando Silva no comando do Ministério do Esporte e também é acusado de se beneficiar de um esquema de corrupção na pasta.
João Dias foi levado até a 5ª Delegacia de Polícia de Brasília por volta das 15h por policiais militares. Segundo relatos de policiais, João Dias foi detido dentro do Palácio Buriti, sede do governo do Distrito Federal, por suposta agressão. André Luiz diz que o soldado teria ido nesta quarta ao Palácio procurar o secretário de Governo, Paulo Tadeu, para devolver o dinheiro. Ao fazer isso, teria sido detido após uma "altercação" - discussão - com seguranças da Secretaria de Governo. O advogado não confirma, mas João Dias teria agredido um sargento da PM e uma funcionária de Paulo Tadeu. Os três permanecem na delegacia e deverão ir ainda ao Instituto Médico Legal (IML) fazer um exame de corpo de delito.
De acordo com o advogado, João Dias teria aceitado receber os R$ 200 mil na terça apenas com o intuito de registrar o ato, o que teria sido feito por meio de gravação de imagem e som com celulares. Ele disse que o material foi entregue à Polícia Civil. O advogado, porém, não revelou o nome de quem teria entregue a dinheiro a João Dias. Segundo ele, o soldado da PM já teria recebido propostas semelhantes, mas na terça teria sido a primeira vez que isso se materializou. André Luiz também disse que os R$ 200 mil foram apreendidos no Palácio do Buriti e já estão em poder da Polícia Civil.
O advogado foi indagado sobre o motivo pelo qual seu cliente não procurou a Polícia para registrar o flagrante da entrega de propina na terça, preferindo fazer isso sozinho e indo atrás um dia depois de Paulo Tadeu. André Luiz explicou o motivo atribuindo ao fato de João Dias ser "cabeça quente".
André Luiz também disse que o delegado da 5ª DP já adiantou que João Dias será indiciado por injúria e que deverá ficar preso. Ele afirmou ainda que o delegado deverá fixar fiança, mas não soube dizer o valor nem se João Dias vai pagar para ser solto. O advogado tampouco deu detalhes sobre eventuais agressões que teriam ocorrido na tarde desta quarta no Palácio do Buriti, repetindo apenas que teria havido uma altercação entre João Dias e os seguranças.
Mais cedo, o corregedor da Polícia Militar do DF, Coronel Jahir Lobo Rodrigues, confirmou que a agressão ocorreu na sede da Secretaria de Governo. Ele disse, porém, não saber se o secretário Paulo Tadeu seria uma das vítimas ou até mesmo se estaria no local. A secretaria ainda vai divulgar nota sobre o caso.
- Pelo que observei, existem agressões. Foi na Secretaria de Governo. Isso é fato - disse Jahir Rodrigues.
O corregedor compareceu à 5ª DP para acompanhar a investigação que resultou na detenção de João Dias. Segundo Rodrigues, a Corregedoria da PM só entrará se a agressão ocorrida no Palácio do Buriti tiver envolvido outro policial militar. Do contrário, segundo ele, o caso ficará restrito à Polícia Civil, que ainda ouve o depoimento dos envolvidos. O corregedor também informou que não chegou a conversar com o delegado.
Na 5ª DP policiais que fazem o atendimento informam que só o delegado-chefe falará sobre o caso. Também mais cedo, André Luiz já havia dito que seu cliente está sendo ouvido informalmente.
- Ele só está prestando depoimento. Entrou aqui como homem livre - disse o advogado, confirmando ainda que seu cliente entrou no Palácio do Buriti por livre espontânea vontade e que de lá foi levado à 5ª DP:
- A partir daí (quando ele entrou no Palácio), a história não é clara para mim.
Paula Araújo, secretária de Paulo Tadeu, também prestou depoimento. Ao sair da 5ª DP, ela confirmou que foi agredida e que João Dias levou dinheiro ao Palácio do Buriti.
- Fui agredida. O João Dias nos agrediu. Bateu na gente. Jogou dinheiro em cima da gente. Empurrou. É louco. Essa é uma pessoa que deveria estar presa - disse Paula.
No início do de novembro, o “DFTV” da Rede Globo, apresentou gravações feitas entre março e abril de 2010, em que João Dias pede ajuda ao governador do DF, Agnelo Queiroz, para se defender do processo judicial aberto para investigar os desvios de recursos do programa Segundo Tempo, criado quando o atual governador era ministro do Esporte. À época da conversa, a União já tinha aberto processo administrativo para requerer do PM a devolução de R$ 3,5 milhões. Com intimidade, Agnelo chama João Dias de "meu mestre" e se dispõe a ajudar o grupo acusado de desviar dinheiro público.
André Luiz Figueira Cardoso, advogado do soldado da policia militar João Dias Ferreira (foto), disse que seu cliente recebeu na terça-feira, em casa, R$ 200 mil em dinheiro por emissários do governo do Distrito Federal. Segundo ele, o dinheiro seria uma espécie de "cala boca". O PM é o autor das denúncias que levaram à demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva e que respingaram no atual governador do DF, Agnelo Queiroz. Agnelo antecedeu Orlando Silva no comando do Ministério do Esporte e também é acusado de se beneficiar de um esquema de corrupção na pasta.
João Dias foi levado até a 5ª Delegacia de Polícia de Brasília por volta das 15h por policiais militares. Segundo relatos de policiais, João Dias foi detido dentro do Palácio Buriti, sede do governo do Distrito Federal, por suposta agressão. André Luiz diz que o soldado teria ido nesta quarta ao Palácio procurar o secretário de Governo, Paulo Tadeu, para devolver o dinheiro. Ao fazer isso, teria sido detido após uma "altercação" - discussão - com seguranças da Secretaria de Governo. O advogado não confirma, mas João Dias teria agredido um sargento da PM e uma funcionária de Paulo Tadeu. Os três permanecem na delegacia e deverão ir ainda ao Instituto Médico Legal (IML) fazer um exame de corpo de delito.
De acordo com o advogado, João Dias teria aceitado receber os R$ 200 mil na terça apenas com o intuito de registrar o ato, o que teria sido feito por meio de gravação de imagem e som com celulares. Ele disse que o material foi entregue à Polícia Civil. O advogado, porém, não revelou o nome de quem teria entregue a dinheiro a João Dias. Segundo ele, o soldado da PM já teria recebido propostas semelhantes, mas na terça teria sido a primeira vez que isso se materializou. André Luiz também disse que os R$ 200 mil foram apreendidos no Palácio do Buriti e já estão em poder da Polícia Civil.
O advogado foi indagado sobre o motivo pelo qual seu cliente não procurou a Polícia para registrar o flagrante da entrega de propina na terça, preferindo fazer isso sozinho e indo atrás um dia depois de Paulo Tadeu. André Luiz explicou o motivo atribuindo ao fato de João Dias ser "cabeça quente".
André Luiz também disse que o delegado da 5ª DP já adiantou que João Dias será indiciado por injúria e que deverá ficar preso. Ele afirmou ainda que o delegado deverá fixar fiança, mas não soube dizer o valor nem se João Dias vai pagar para ser solto. O advogado tampouco deu detalhes sobre eventuais agressões que teriam ocorrido na tarde desta quarta no Palácio do Buriti, repetindo apenas que teria havido uma altercação entre João Dias e os seguranças.
Mais cedo, o corregedor da Polícia Militar do DF, Coronel Jahir Lobo Rodrigues, confirmou que a agressão ocorreu na sede da Secretaria de Governo. Ele disse, porém, não saber se o secretário Paulo Tadeu seria uma das vítimas ou até mesmo se estaria no local. A secretaria ainda vai divulgar nota sobre o caso.
- Pelo que observei, existem agressões. Foi na Secretaria de Governo. Isso é fato - disse Jahir Rodrigues.
O corregedor compareceu à 5ª DP para acompanhar a investigação que resultou na detenção de João Dias. Segundo Rodrigues, a Corregedoria da PM só entrará se a agressão ocorrida no Palácio do Buriti tiver envolvido outro policial militar. Do contrário, segundo ele, o caso ficará restrito à Polícia Civil, que ainda ouve o depoimento dos envolvidos. O corregedor também informou que não chegou a conversar com o delegado.
Na 5ª DP policiais que fazem o atendimento informam que só o delegado-chefe falará sobre o caso. Também mais cedo, André Luiz já havia dito que seu cliente está sendo ouvido informalmente.
- Ele só está prestando depoimento. Entrou aqui como homem livre - disse o advogado, confirmando ainda que seu cliente entrou no Palácio do Buriti por livre espontânea vontade e que de lá foi levado à 5ª DP:
- A partir daí (quando ele entrou no Palácio), a história não é clara para mim.
Paula Araújo, secretária de Paulo Tadeu, também prestou depoimento. Ao sair da 5ª DP, ela confirmou que foi agredida e que João Dias levou dinheiro ao Palácio do Buriti.
- Fui agredida. O João Dias nos agrediu. Bateu na gente. Jogou dinheiro em cima da gente. Empurrou. É louco. Essa é uma pessoa que deveria estar presa - disse Paula.
No início do de novembro, o “DFTV” da Rede Globo, apresentou gravações feitas entre março e abril de 2010, em que João Dias pede ajuda ao governador do DF, Agnelo Queiroz, para se defender do processo judicial aberto para investigar os desvios de recursos do programa Segundo Tempo, criado quando o atual governador era ministro do Esporte. À época da conversa, a União já tinha aberto processo administrativo para requerer do PM a devolução de R$ 3,5 milhões. Com intimidade, Agnelo chama João Dias de "meu mestre" e se dispõe a ajudar o grupo acusado de desviar dinheiro público.
Fonte: Blog do Honorato - Da redação em 08/12/2011 00:10:24
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