Delegado Onofre de Moraes, há 33 anos na corporação, assumirá o lugar de Mailine Alvarenga. Agnelo quer ter mais controle sobre a corporação
Antes de tomar a decisão, Agnelo consultou deputados de sua base de apoio, especialmente os que vieram da Polícia Civil: Alírio Neto (PPS), licenciado para ocupar a Secretaria de Justiça e Cidadania; Cláudio Abrantes (PPS), Wellington Luís (PPL) e Dr. Michel (PSL). O escolhido para chefiar a corporação é muito ligado a outro ex-policial civil, o chefe de gabinete de Agnelo, Cláudio Monteiro, e ao secretário Alírio Neto. Onofre de Moraes é o delegado titular da Delegacia do Cruzeiro. Em seu currículo estão mais de 22 anos como delegado-chefe.
As conversas eram mantidas em segredo desde a última semana. A decisão, segundo fontes ligadas ao governador, é também parte de uma estratégia política do petista para que as ações da corporação surtam mais efeitos. Agnelo não está satisfeito e disse que quer números mais expressivos para mostrar à população. "Num momento de crise, como o atual [em que o nome do chefe do Executivo está envolvido em denúncias de desvio de verbas no Ministério do Esporte] – um trabalho de peso da polícia seria importante para o governador perante a população", considera um aliado do governo.
Nesta terça-feira (1º), o presidente em exercício do PSDB no DF, Raimundo Ribeiro, divulgou nota de repúdio ao fato de o governador Agnelo estar recorrentemente desqualificando a Polícia Civil do DF ao se defender das acusações de envolvimento com o policial João Dias, delator de um suposto esquema de corrupção no programa Segundo Tempo.
Na nota, o PSDB cita o trecho de uma resposta da Secretaria de Comunicação do DF às acusações contra Agnelo: "O Distrito Federal tinha um governador na cadeia, uma Polícia Civil acéfala e um Ministério Público local que reagia ao comando de um personagem que terminou sendo investigado", diz a nota.
"Foi parte dessa polícia (...), quem iniciou, orientou e divulgou o tal inquérito que ganhou destaque", complementa, referindo-se ao inquérito da 10ª Vara da Justiça federal, no qual o nome de Agnelo é citado, não como réu, e de onde foram transcritos os diálogos do governador com João Dias.
"Foi parte dessa polícia (...), quem iniciou, orientou e divulgou o tal inquérito que ganhou destaque", complementa, referindo-se ao inquérito da 10ª Vara da Justiça federal, no qual o nome de Agnelo é citado, não como réu, e de onde foram transcritos os diálogos do governador com João Dias.
Fonte: Brasília 247 - 02 do Novembro de 2011 às 15:07
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