Após dois adiamentos, reuniu-se na noite desta terça (22) a cúpula do PDT. Decidiu-se apoiar a permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho.
Além do próprio Lupi, sentado na cabeceira da mesa, participaram: membros da Executiva nacional, congressistas e presidentes de diretórios estaduais.
Num grupo de cerca de 50 pessoas, ouvriram-se duas escassas vozes explicitamente favoráveis ao afastamento de Lupi do cargo.
Um deles foi o senador Pedro Taques (MT). O outro, o deputado Antônio Reguffe (DF).
O senador Cristovam Buarque (DF), outra voz destoante, lançava um livro no horário da reunião. Associou-se a Taques e Regufe por carta.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força Sindical, criticou os colegas por ter defendido a saída de Lupi nos jornais.
Reguffe pediu que sua opinião seja respeitada. Taques instou Paulinho a representar contra ele nas instâncias partidárias.
Disse que não abre mao de expressar opiniões. “Se acham que fiz algo de errado, representem contra com base no estatuto partidário, que vou me defender”.
Mais cedo, Paulinho dissera que Reguffe, Taques e Cristovam deveraim deixar o partido. Na reunião, absteve-se de reiterar o raciocínio.
O raciocínio dos que divergem da permanência de Lupi é politico, não jurídico.
Ex-procurador da República, Taques declara:
“Lupi tem direito à presunção da inocência. Não posso condená-lo sem o devido processo legal. Mas isso se dá no campo jurídico...”
“...Politicamente, ele não reúne mais condições de permanecer no ministério.”
Lupi permaneceu a maior parte do tempo calado. Decidiu-se que o partido divulgaria uma nota de apoio à pemanência dele na Esplanada. O documento não saiu.
Fonte: Blog do Josias de Souza - FOLHA
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