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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Leitores em geral e eleitores do DF, vocês vão acreditar no que diz Agnelo ou naquilo que vocês vêem? Ou: O petismo adere, definitivamente, ao “marxismo grouchista”

Cada vez mais o petismo se explica pelo “marxismo” da linha “grouchista”. Uma das muitas tiradas impagáveis de Groucho Marx era esta: “Afinal, você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?” É o convite que nos faz este monumento à moralidade pública chamado Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal. O homem é mesmo um prodígio. Com menos de um ano de governo e se elegendo depois da sucessão de escândalos que liquidou os seus adversários, já consegue ser rejeitado pela esmagadora maioria da população do DF e hoje seria derrotado por políticos cuja moral resvalou no lixo. Isso diz onde anda a dele…
 
O petista é investigado no STJ pelos escândalos no Ministério do Esporte. Foi na sua gestão que tudo começou. A coisa não pára por aí. Quando diretor da Anvisa, esse patriota recebeu um depósito em sua conta feito por Daniel Tavares. Nota: Tavares era lobista justamente da área em que atuava Agnelo, e sua empresa conseguiu a licença que pretendia, dada por… Agnelo!!! Segundo o agora governador, o dinheiro era só pagamento de uma dívida. Ah, bom…
 
Convidado a apresentar provas do que diz, Agnelo disse uma coisa espetacular à reportagem da Folha, informa Felipe Coutinho: “A palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova”. É o marxismo grouchista: “Você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?” Depois a assessoria do governador tentou explicar: “O que o governador disse é que, de modo geral, há provas de que ele fala a verdade (…) ainda mais quando confrontada com a de pessoas que a cada momento mudam de versão”.
 
Ah, “de modo geral, há provas…” Entendo. É, não se pode mesmo confiar em pessoas que ficam mudando a versão a toda hora. Em junho, Agnelo disse à reportagem de VEJA que não conhecia Daniel Tavares e que não tinha recebido dinheiro nenhum do rapaz. Confrontado com os fatos, ele se lembrou do empréstimo que fez ao outro.
 
É isto: nada de acreditar nos fatos; a palavra de Agnelo vale como prova! Como a de Carlos Lupi.
 
Fonte: Reinaldo Azevedo  - Veja
Blog do Edson Sombra

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