Celso Ferro |
Mino Pedrosa
Na semana passada, a Revista eletrônica Quidnovi revelou a existência de uma mansão na Península dos Ministros, em Brasília, apelidada de “Casa da Maldade” , onde eram feitas arapongagens para todos os alvos requisitados.
Na casa, foram flagrados e fotografados, com exclusividade pelo Quidnovi o ex-chefe de Polícia Civil do DF, Celso Ferro, o atual chefe da segurança da Câmara Legislativa do DF, Maurílio de Moura Lima Rocha, e várias pessoas ligadas direta ou indiretamente às empresas de monitoramento de informações TRUE SAFETY, CONDOR e INFOSEC, de propriedade de Celso Ferro e do o militar da ABIN – Agência Brasileira de Informações Acir Pitanga Seixas.
Quidnovi descobriu também que Celso Ferro além de “trabalhar” para o governador Agnelo, arapongava para o ex-governador José Roberto Arruda e continua atuando para atravancar o processo da Operação Caixa de Pandora. Neste caso, especificamente, o Ministério Público do DF, tem um processo que corre junto com o MF Federal, no qual apura a obstrução da Justiça por pessoas ligadas ao ex-governador Arruda.
Numa busca e apreensão do MP, na época das investigações da Caixa de Pandora, foi encontrado na casa de Domingos Lamoglia, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Distrito Federal e assessor mais próximo de Arruda nos últimos 20 anos, um papel intitulado “Anotações Pertinentes”.
O relato apócrifo, escrito em 2009, a respeito de investigações da Polícia Civil do Distrito Federal sobre supostos esquemas de corrupção no governo de Brasília, provou que Arruda tentou interferir nas principais investigações. Celso Ferro confessou , na ocasião, ser o autor do documento “Anotações Pertinentes”.
Ferro confessou que, depois de se aposentar em março de 2009, foi contratado por Arruda como “consultor de inteligência” para “informá-lo sobre fatos que poderiam comprometer sua imagem em vista da reeleição em 2010, bem como os passos de seus opositores”. Segundo os investigadores do MP, a missão de Ferro era vazar informações sigilosas para Arruda e espionar seus adversários.
Celso Ferro disse que escreveu no documento “Anotações Pertinentes” apenas para relembrar Arruda de temas discutidos em reuniões.
Nessa época a “Casa da Maldade”já trabalhava a todo vapor, na QL 12 , conjunto 4 , casa 2, na Península dos Ministros, no Lago Sul, em Brasilia. O “cliente “ ainda ilustre na ocasião, o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, foi traído pelo contratado que já estava de olho no próximo governante, Agnelo Queiroz, que passou a freqüentar a casa.
Atualmente, em meio a tantos imbróglios, Agnelo e Filipelli são os “ilustres” do momento. Mas, como no ramo da arapongagem o “cliente” de hoje é o “bisbilhotado” de amanhã, já existem outros se preparando para ocupar as cadeiras de Agnelo e Filipeli.
Como ética não é o forte nesta história toda, o Senado Federal se posicionou na semana passada a partir das denúncias do Quidnovi. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) leu a matéria na tribuna e requisitou investigações pela Polícia Federal. A mesa diretora do Senado, não só acatou o requerimento de Demóstenes, como reiterou o pedido à PF.
Os senadores Demóstenes Torres e Álvaro Dias (PSDB-PA) vão pedir informações ao presidente da Câmara Distrital, cabo Patrício (PT) sobre o chefe da segurança da casa Maurílio de Moura Lima Rocha ,que freqüenta a mansão da QL 12, e parlamentares que tenham passado por lá.
É bom lembrar que o habeas corpus de Arruda foi negado pelo STF com base nessas informações. Em seu voto o ministro Celso de Mello afirmou que os governadores têm de ser responsáveis por seu atos. “Eles devem se sujeitar às conseqüências jurídicas de seus comportamentos.
Comportamentos motivados por razões obscuras, ou por interesses escusos, são incompatíveis com a coisa pública.”
Historicamente, o Judiciário não gosta de assistir tentativas públicas de obstrução de seu trabalho.
Fonte Quid Novi Por Mino Pedrosa
Na casa, foram flagrados e fotografados, com exclusividade pelo Quidnovi o ex-chefe de Polícia Civil do DF, Celso Ferro, o atual chefe da segurança da Câmara Legislativa do DF, Maurílio de Moura Lima Rocha, e várias pessoas ligadas direta ou indiretamente às empresas de monitoramento de informações TRUE SAFETY, CONDOR e INFOSEC, de propriedade de Celso Ferro e do o militar da ABIN – Agência Brasileira de Informações Acir Pitanga Seixas.
Quidnovi descobriu também que Celso Ferro além de “trabalhar” para o governador Agnelo, arapongava para o ex-governador José Roberto Arruda e continua atuando para atravancar o processo da Operação Caixa de Pandora. Neste caso, especificamente, o Ministério Público do DF, tem um processo que corre junto com o MF Federal, no qual apura a obstrução da Justiça por pessoas ligadas ao ex-governador Arruda.
Numa busca e apreensão do MP, na época das investigações da Caixa de Pandora, foi encontrado na casa de Domingos Lamoglia, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Distrito Federal e assessor mais próximo de Arruda nos últimos 20 anos, um papel intitulado “Anotações Pertinentes”.
O relato apócrifo, escrito em 2009, a respeito de investigações da Polícia Civil do Distrito Federal sobre supostos esquemas de corrupção no governo de Brasília, provou que Arruda tentou interferir nas principais investigações. Celso Ferro confessou , na ocasião, ser o autor do documento “Anotações Pertinentes”.
Ferro confessou que, depois de se aposentar em março de 2009, foi contratado por Arruda como “consultor de inteligência” para “informá-lo sobre fatos que poderiam comprometer sua imagem em vista da reeleição em 2010, bem como os passos de seus opositores”. Segundo os investigadores do MP, a missão de Ferro era vazar informações sigilosas para Arruda e espionar seus adversários.
Celso Ferro disse que escreveu no documento “Anotações Pertinentes” apenas para relembrar Arruda de temas discutidos em reuniões.
Nessa época a “Casa da Maldade”já trabalhava a todo vapor, na QL 12 , conjunto 4 , casa 2, na Península dos Ministros, no Lago Sul, em Brasilia. O “cliente “ ainda ilustre na ocasião, o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, foi traído pelo contratado que já estava de olho no próximo governante, Agnelo Queiroz, que passou a freqüentar a casa.
Atualmente, em meio a tantos imbróglios, Agnelo e Filipelli são os “ilustres” do momento. Mas, como no ramo da arapongagem o “cliente” de hoje é o “bisbilhotado” de amanhã, já existem outros se preparando para ocupar as cadeiras de Agnelo e Filipeli.
Como ética não é o forte nesta história toda, o Senado Federal se posicionou na semana passada a partir das denúncias do Quidnovi. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) leu a matéria na tribuna e requisitou investigações pela Polícia Federal. A mesa diretora do Senado, não só acatou o requerimento de Demóstenes, como reiterou o pedido à PF.
Os senadores Demóstenes Torres e Álvaro Dias (PSDB-PA) vão pedir informações ao presidente da Câmara Distrital, cabo Patrício (PT) sobre o chefe da segurança da casa Maurílio de Moura Lima Rocha ,que freqüenta a mansão da QL 12, e parlamentares que tenham passado por lá.
É bom lembrar que o habeas corpus de Arruda foi negado pelo STF com base nessas informações. Em seu voto o ministro Celso de Mello afirmou que os governadores têm de ser responsáveis por seu atos. “Eles devem se sujeitar às conseqüências jurídicas de seus comportamentos.
Comportamentos motivados por razões obscuras, ou por interesses escusos, são incompatíveis com a coisa pública.”
Historicamente, o Judiciário não gosta de assistir tentativas públicas de obstrução de seu trabalho.
Fonte Quid Novi Por Mino Pedrosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário