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sábado, 10 de setembro de 2011

GUERRA INTERNA NO PDT 'SENADOR CRISTOVAM PARABÉNS'

Guerra interna no PDT 


Decisão de não apoiar o governo Agnelo cria racha entre o senador Cristovam Buarque e o distrital Israel Batista. Problema será levado ao presidente nacional, Carlos Lupi



 
Priscila Mesquita_Brasília247 – Um nome de peso contra um novato articulado. Resumidamente, é entre esses dois personagens que está instalada a crise no PDT do DF. Reunião da executiva na noite de quinta-feira (8) – quando foi decidida a postura de independência em relação ao governo do petista Agnelo Queiroz – abriu de vez a ferida entre o senador Cristovam Buarque e o deputado distrital Israel Batista.


Cristovam defende a saída do partido da base do governo por entender que todos os compromissos assumidos estão sendo descumpridos. "Surpreende-me ver como Israel está se mobilizando, inclusive com a oferta de empregos no GDF, para reunir maioria na reunião do diretório [ainda a ser marcada], quando será ratificada ou não a decisão da executiva", diz o senador. "Ele não faria isso sem o apoio do governador Agnelo."

Israel, por sua vez, avalia que o partido está contemplado e sendo respeitado. Ele destaca a presença de nomes da legenda no governo como Glauco Rojas (secretário de Trabalho), Peniel Pacheco (diretor da CEB) e Marcos Woortman (administrador do Lago Norte). "Temos sofrido um ataque deliberado muito forte do senador Cristovam, é muito difícil dialogar com ele."

Segundo Israel, os três nomes foram passados a Agnelo logo no início do governo em uma lista aprovada pelo diretório do partido, durante reunião no fim de dezembro do ano passado. No entendimento dele, isso torna as indicações partidárias, e não pessoais.

O senador Cristovam não vê assim e acha que o PDT tem sido desrespeitado sucessivamente. A escolha do novo secretário de Educação teria sido a gota d'água. Diferente do que dizem interlocutores do Buriti, Cristovam garante não ter sido procurado por Agnelo antes da definição por Denílson Bento. 

"As duas únicas pessoas que me ligaram foram Wilmar Lacerda e Roberto Wagner, meus dois suplentes, mas depois do anúncio do novo secretário", diz o senador.

O governador, segundo informações de bastidores, estaria chateado com Cristovam porque o senador não teria atendido a ligações suas, nem retornado. "Desde quando um senador não atende um governador?", questiona Cristovam.

Esfera nacional

George Michel, presidente do PDT no DF, já tem reunião marcada com Carlos Lupi, presidente nacional do partido, para esta segunda-feira. Vai levar o problema à esfera nacional por entender que é grave. "Temos governador e senador envolvidos." Só depois do encontro com Lupi será agendada a reunião do diretório.


Ao contrário da executiva – que reúne seis pessoas – o diretório é mais amplo. São 72 participantes, entre presidentes de zonais e parlamentares, que debatem as questões internas. A decisão será de confirmar a postura de independência em relação ao GDF ou de se manter como partido integrante da base do governo, com a possibilidade de ocupação de cargos pelos pedetistas. Caso se mantenha a independência, Glauco, Peniel, Marcos, entre outros, terão que escolher entre permanecer no partido ou no governo.


Deputado federal pelo PDT, José Antônio Reguffe tem tentado não se envolver nas discussões. A defesa dele é pela independência, mas desde o início da gestão de Agnelo.

Fonte: Brasília 247 - 09 do Setembro de 2011 às 15:22.

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