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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

EDITORIAL: O DIREITO À INFORMAÇÃO É SAGRADO 'NÃO TENHA DÚVIDA'


O governo Agnelo Queiroz precisa se manifestar sobre uma série de incongruências que estão acontecendo nas secretarias e órgãos públicos. Vejam que a palavra incongruência não passa de eufemismo.  São situações estranhas que não deveriam fazer parte do dia-a-dia do homem público. De baluarte da transparência à desfaçatez com a máquina pública, Agnelo conseguiu completar esse trajeto em quase nove meses de governo.

O Jornal das Cidades, do qual este blogueiro é repórter, teve acesso a uma planilha relativa à estrutura administrativa com a relação de cargos extintos e criados de seis secretarias. A desproporção é grande, sobretudo em termos de valores. 

Na Secretaria de Governo, por exemplo, foram extintos 721 cargos que representam cerca de R$ 1,5 milhão. Mas o Executivo criou 830 novos cargos, cujo valor saltou para quase R$ 2,7 milhões. Nesse e em outros exemplos o que se percebe é uma política que caminha na contramão do tão propalado enxugamento da máquina administrativa.

O semanário cumpre, assim, seu papel de bem informar a opinião pública ao revelar com responsabilidade as mazelas do GDF, abastecido de dados e documentos. Mas nem sempre as críticas são recebidas com espírito democrático. 

O governo de Agnelo Queiroz, até agora, foi incapaz de dar respostas convincentes aos fatos relatados pelo Jornal das Cidades. 

Ao contrário: utiliza de artimanhas torpes para impedir o leitor de ter acesso às reportagens. Mas tal tentativa é infrutífera.

Recolher o jornal no Palácio do Buriti, onde sempre foi distribuído, e jogá-lo fora mostra o destempero de quem o fez. O mal do governo petista revela também um cacoete de administrações autoritárias: não admitem a crítica, procurando a censura em suas mais variadas vertentes.

A tropa de choque de Agnelo Queiroz mostra a descompostura de um partido que sempre lutou em prol da liberdade de imprensa. Mas, quando deixou de ser oposição ao governo e passou para o “outro lado do balcão” perdeu-se em seus projetos e propostas com vistas a resgatar várias áreas do DF que continuam problemáticas, como a saúde e educação. Numa só palavra: a liberdade de bem informar não pode ser vilipendiada.

Fonte: Blog do Odir Ribeiro - Rádio Corredor

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