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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Auditoria do Banco Central aponta necessidade de intervenção branca no BRB

Por Mino Pedrosa
 
A saúde do Governo do Distrito Federal tem tido problemas de todo lado, inclusive no campo financeiro. Um relatório da auditoria do Banco Central bate de frente com a administração do governador Agnelo Queiroz e o viceTadeu Filipelli. O relatório técnico e robusto aponta que o BRB não está nada bem, com empréstimos de riscos temerários concedidos pela diretoria na ordem de R$ 500 milhões. Na tentativa de arrumar a casa, o Banco do GDF vai sofrer uma intervenção branca do BC e do Ministério da Fazenda ainda este mês. A investigação que corre no Ministério Público mostra a farra com o dinheiro do contribuinte, onde os ratos continuam subindo e descendo pelas mesas.

Os funcionários não agüentam mais a fama do banco ser usado para sustentar o jogo político. O BRB é uma instituição de porte elevado em condições de disputar no mercado de igual para igual com qualquer outro banco. Mas, entra Governo e sai Governo e o BRB é saqueado para pagamento de compromissos políticos. A corretora do banco é um dos maiores focos de disputa de poder para manter o caixa 2 sob controle.

O mercado de seguros no DF é operado por poucos. E na luta para manter o poder, ninguém poupa esforços, nem instituições tidas como sólidas na história da civilização, como é o caso da Loja Maçônica Grande Oriente do Brasil em Brasília.

Em novembro de 2009, preparando ou sedimentando um “trabalho” de anos, o grão mestre Jafé Torres, foi laureado pela terceira vez pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Distrito Federal com o Troféu Alvorada. A comenda, criada pelo Sindicato da categoria, estava em  sua nona edição, e deu mais uma vez o prêmio de Corretor de Seguros do Ano, “pela sua bela performance como Profissional no ramo de Seguros na Capital Federal”, ao irmão Jafé, como conta o site da loja maçônica, na internet, no dia 28 de agosto de 2009.

A cerimônia aconteceu no Centro de Eventos do Grande Oriente do Brasil, na Asa Sul, em Brasília, com presença de mais 1.000 pessoas ligadas ao ramo de seguros. Fato interessante e relatado pela própria Maçonaria é que “além do Grão Mestre, foi homenageado com o mesmo troféu o Irmão Tadeu Filipelli da ARLS HONRA E TRADIÇÃO, como político que mais colaborou com as corretoras no DF. “Ressalte-se que nosso Irmão Jafé atua no mercado de Seguros do Centro Oeste desde 1962 com sua empresa ALERTA CORRETORA DE SEGUROS LTDA”.
 
foto: Revista Eletrônica QuidNovi
 Agnelo e Filipelli com os Irmãos

Nove meses depois,em agosto de 2010, o trabalho do irmão Jafé junto ao vice-governador então candidato, Tadeu Filipelli, acirrava. A dupla Agnelo/Filipelli  prestigiou o 8º Costelão promovido pela Loja Grande Oriente 7 de Setembro de Planaltina. O grão mestre Jafé Tôrres, na ocasião, amarrou os contatos com os futuros governantes, e diante de 2 mil pessoas disse que “o segmento maçônico não segue nenhuma corrente político/partidária, no entanto, a “política cidadã” é dever de todos que querem um Distrito Federal para todos. Nós vemos essa possibilidade com a eleição de Agnelo e Filippelli”. Filippelli ressaltou o importante papel social da maçonaria em todo Brasil e em especial no DF. “Tenho grande admiração pelos maçons, por todo trabalho que eles realizam. Por isso, fiz questão junto com Agnelo de estarmos aqui com centenas de famílias, nessa confraternização”, declarou.

O irmão Jafé Torres apresentou sua fatura logo na posse dos novos governantes: a permanência da sua corretora Alerta, na captação de contas para o BRB. A parceria foi mantida. Os corretores, à frente de suas empresas, fazem um “pool” para sustentar o caixa 2 do GDF. Vale a pena lembrar o “Faroeste Caboclo” , escândalo envolvendo o soldado da PM com poder de coronel João Dias Ferreira, o presidente da CODEPLAN, Miguel Lucena, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa e o conhecido doleiro da Capital Federal Fayed, numa padaria do bairro classe Alta do DF, o Sudoeste, no final de agosto passado.

João Dias foi ao apartamento do secretário de Saúde, Rafael Barbosa, conhecido como o chefe do caixa 2 do Governo Agnelo, e fez um escândalo quando soube da demissão de seu braço direito da presidência da Corretora de Seguros do BRB, Manoel Tavares. Foi o estopim para tornar público um esquema que vinha sendo tratado como cobrança de fatura de investimento de campanha política.
 
 Imagem: Revista Eletrônica QuidNovi

Enquanto isso, o vice-governador segue nos bastidores atrelado ao seu irmão Jafé, que em Sessão Magna de 06 de junho de 2009, no Templo da Ordem Grande Oriente do Brasil,em Brasília,fez a iniciação de Nelson Tadeu Filipelli. O irmão Filipelli está agora fazendo de tudo para emplacar como presidente da Corretora do BRB, o interino Romes Gonçalves Ribeiro, advogado que ocupou a cadeira de juiz do TRE – Tribunal Regional Eleitoral, nos processos contra Joaquim Roriz, adversário na campanha de 2010, facilitando a vida de Agnelo e Fillipelli. Mais uma vez, a fatura política está sendo pega com o dinheiro do BRB e os funcionários permanecem indignados.
 
  Imagem: Revista Eletrônica QuidNovi

 
Fonte: Revista Eletrônica QuidNovi

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