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domingo, 7 de agosto de 2011

Parque Olhos D’Água: domingo de música, poesia e luta pela preservação

Domingo, 7 de agosto, foi um dia de sol, céu bonito, calor, mas também de luta. Luta pela preservação do Parque Olhos D’Água, na Asa Norte, ameaçado pela construção de um centro comercial na entrequadra 213-214, justamente onde estão algumas das nascentes que alimenta os olhos d’água do Parque.

Centenas de pessoas foram ao Parque Olhos D'Água
Como salientou o poeta Nicolas Behr, um dos que lutam pela interdição da construção, ‎”essa luta não é só da Asa Norte, é uma luta planetária. as águas desses olhos d’água vão para o Lago Paranoá, que vai para o rio Bartolomeu, que vai para a Bacia do Rio da Prata, que vai para Buenos Aires e que vai para o oceano”.

Nicolas Berhr: "A luta pelo Parque é Universal, não é só da Asa Norte
O Movimento SOS Parque se mobilizou para realizar um show que contou com a participação de músicos da cidade e poetas. No palco se revezaram artistas e militantes que aproveitaram a mobilização para chamar a atenção a outras áreas do DF, como o Parque Sucupira, ameaçado pela construção de 22 prédios pela construtora Antares, e o Setor Catetinho, que já tem seu loteamento visível no Google map.

Centenas de pessoas compareceram ao Parque.

Mannasés, Liga Tripa, Renato Matos foram alguns dos artistas
Pessoas como Gisele, uma freqüentadora assídua, e Manuela, que ainda não pode desfrutar diretamente as benesses do parque, mas que torce para que ele esteja alvissareiro, quando ela chegar ao mundo.

Todos buscaram se manifestar de alguma forma, seja no apoio via abaixo assinado, seja com faixas e adereços.

Autoridades não se fizeram presente, alguns parlamentares se limitaram a colocar faixa de apoio ou a distribuir panfletos, mas colocar a cara mesmo no palanque, não vi ninguém. Mesmo a grande mídia estava timidamente, algumas TVs só mandaram cinegrafistas, nem se dignaram a escalar repórter, salvo a TV Comunitária, que documentou tudo e deve levar ao ar, pelo canal 8 da net, em breve.

Novas etapas de lutas virão. A batalhar é pela desapropriação da área, que foi vendida pela Terracap à iniciativa privada e negociar com a UnB e com as autoridades ambientais e urbanísticas a realocação de três lotes de blocos residenciais na SQN 214, pois eles estão justamente sobre o trajeto utilizado pelas nascentes das águas.

Fonte:  Publicado em por Brasília por Chico Sant'Anna

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