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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O recuo de um blog independente, que se espelha em Sun Tzu e Leônidas; xeque-mate está rondando o rei

Busca-se fôlego e novos aliados, porque mais batalhas virão pela frente e o combate será duro

Por José Seabra

Nos anos 480 a.C e 491 a.C, Esparta foi governada pelo rei-general Leônidas. Um guerreiro tão famoso quanto Ulysses, Aquiles, Páris, Menelau e Agamenon, cantados em versos e prosa pelos historiadores gregos.

Quando os persas invadiram o território espartano, Leônidas, então com 300 soldados, foi advertido que os inimigos, em número de 20 mil, tinham tantas flexas que encobririam a luz do Sol. Apesar da força do oponente, o rei não se entregou; fez um ligeiro recuo e incentivou seus homens com a histórica frase tanto melhor, pois combateremos à sombra.

É da tradição da guerra entre exércitos, entre empresas e entre políticos, que um lado, ao se sentir fraco, recue para refazer suas forças. Porque a guerra, sob todas as suas matizes, é um jogo.

Um jogo bem ilustrado quatro mil anos antes de Leônidas, pelo general Sun Tzu. A guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a perda de tudo; é preciso manejá-la bem, pregava o comandante chinês.

Pelos ensinamentos de Sun Tzu, que ajudou seu imperador a manter o poder em meio a sangrentas batalhas, o homem precisa refletir seriamente sobre tudo o que lhe concerne. Se agir diferente, dará prova de culpa. E, pior, se apresentará fraco e incapaz de conservar o que mais valoriza.

Recuar em meio a uma luta não é sair derrotado. É preciso que se respire, que haja fôlego para a busca de novos aliados nas batalhas que virão. Porque, para se ganhar uma guerra, deve haver doutrina, tempo, visão, recursos e principalmente disciplina.

No campo político, onde a guerra de palavras é uma constante, não se pode apenas propagar o ouviu dizer que o adversário é feio, mal administrador, corrupto, chefe de quadrilha. Ao contrário. Em qualquer situação o inimigo deve ser respeitado, e jamais subestimado. Porque se ele é poderoso, lança mão de seus recursos, faz uma maquiagem, e se apresenta novamente bonito.

A prova que leva o adversário à derrocada tem de ser inquestionável. Para tanto, faz-se necessário uma trégua, um armistício que seja. Recuar durante uma batalha não é assinar um tratado de paz.

O blog que este missivista manteve no ar ao longo dos últimos meses tendo por espelho Leônidas e Sun Tzu, saiu do ar. Não morreu. Está à sombra do portal de notícias Notibras.com.br. Busca aliados dentro e fora do exército inimigo, pois traidores há em todos os campos.

É uma pausa na batalha, porque a guerra continua. E por mais longa que seja, nela se estará combatendo à sombra um inimigo que não viverá eternamente mascarado. O rei vai balançar. E haverá xeque-mate.

Fonte: Blog do José Seabra

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