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domingo, 7 de agosto de 2011

Lote que ameaça parque Olhos D’Água foi vendido para cinema, não para Shopping

A construção de um centro comercial na entrequadra  212/213 Norte, próximo ao Parque Olhos D’Água, fere a destinação original do imóvel. 

Quando vendido pela Terracap, há 10 anos, o imóvel se destinava à construção de um cinema. O imóvel foi revendido no ano passado à Construtora Torre e a proposta, agora,  é edificar um centro comercial.

 
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Segundo o portal G.1, o presidente da Terracap, Marcelo Piancastelli, disse que a posição do órgão é de que seja observada toda a legislação ambiental e o posicionamento do Ibram sobre a possibilidade ou não de qualquer empreendimento da área. “A Terracap definitivamente não é a favor, na atual situação, de qualquer edificação no local”, declarou.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) negou inicialmente o licenciamento ambiental da obra. O órgão informou que irá fazer outro estudo da área nos próximos dias. O local é estratégico para escoar a água da chuva de boa parte da Asa Norte para o Lago Paranoá -diz o portal.

Abaixo as demais informações do Portal G-1

Um dos sócios da Construtora Torre informou que nem shopping nem cinema serão construídos no Lote A. Mas o empresário não contou qual será a destinação da área.

Ele informou que um estudo da Universidade de Brasília (UnB), feito a pedido do Ministério Público, sugere que o terreno seja edificado o mais rápido possível para evitar que a erosão aumente no local. O sócio da construtora disse que não existem nascentes de água no Lote A e que o que haveria no terreno seria uma galeria de água fluvial.

Na opinião da consultora de Meio-Ambiente e Urbanismo da TV Globo, Mônica Veríssimo, a nova construção poderia piorar ainda mais a situação na região. “Não tem como uma obra não comprometer a área em volta, inclusive com nascentes. Isto significaria o final desta nascente, que cada vez tem menos água aflorando tanto no período da chuva, quanto na seca”, explicou Mônica.

A norma de gabarito que trata da destinação de áreas dentro destas quadras da Asa Norte permite comércio de bens, mas não autoriza a instalação de shoppings centers na área.

Moradores
 
A placa que avisa sobre a proibição do aterro na área está depredada e escondida no meio do mato. No terreno, entre as quadras 212/213 Norte, estão minas de água que abastecem o Parque Olhos D’Água e o Lago Paranoá.

Os moradores da Asa Norte reclamam que não foram consultados sobre o possível empreendimento. Eles estão se mobilizando contra a obra e para que o terreno da entrequadra seja incorporado ao parque.

O professor da Universidade de Brasília (UnB) e morador da 212 Norte, Willian Taylor, disse que a comunidade viu uma movimentação de funcionários da Terracap fazendo mediações topográficas no terreno. “Eles disseram que iria ser construído um mini shopping nesta área”, afirmou.

A promotora de Justiça Juliana Santilli contou que um abaixo-assinado está sendo feito pelos moradores para tentar impedir a construção. “O documento é para a preservação das nascentes do parque e já temos assinatura de 3.099 pessoas”, disse.

O militar aposentado Flausino Gonçalves afirmou que há três shoppings na Asa Norte e acredita que não seria necessário construir mais um.

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