Parece mesmo que o tempo em que a juventude pintava a cara e saia às ruas para pedir o fim da corrupção e gritar palavras de ordem contra atos políticos, virou pretérito mais que perfeito. Teria a juventude envelhecido – e as manifestações viraram coisas para pessoas mais velhas -, ou teria o jovem se acostumado à “dinâmica” da política?
Responder a este questionamento pode ser complicado demais num primeiro momento ou até ser inexplicável. Mas o certo é que os jovens protestadores 70"s, 80"s, 90"s se foram. O jovem do novo milênio, no máximo, levante suas bandeiras na rede de internet. E dali não passa.
As redes sociais, blogs, sites e fóruns virtuais, ao que parece, tornaram-se as grandes “esferas públicas” do novo jovem. Com ampla possibilidade de debate, grande cunho intelectual, mas dotada do maior mal dos novos tempos: o sedentarismo.
A grande polêmica nesta questão é saber até que ponto este “sedentarismo juvenil” afetou apenas corpos ou se chegou aos pensamentos. Os de ontem não temiam sequer os cavalos e fuzis militares. Muitos morreram por isso, inclusive. Em defesa de ideologias.
Ainda ontem, jovens conseguiram, nas marchas e palavras de ordem, o direito de votar e o direito de retirar um presidente que haviam empossado tempos antes.
Bem mais tolerantes, os jovens de agora até tentam levantar um debate contra os atos. Mas em atos, matam o debate. As marchas do MST, das Margaridas e tantas outras envelheceram.
As manifestações estudantis perderam quórum. As bandeiras foram recolhidas. E aos poucos resistentes do momento, o grito de ordem tem sempre o som do Windows como hino.
Fonte: Coluna Ons e OFFs/ Lívio Dí Araújo/ Jornal Alô
Blog do Odir Ribeiro - Rádio Corredor
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