Sem consenso sobre a sucessão, lideranças podem definir divergência por meio de votação, que ocorrerá no próximo dia 28
Raimundo Ribeiro: "É uma oposição tímida. Divergimos nos métodos"
Com apenas um representante no exercício de mandato parlamentar, o PSDB é uma oposição enfraquecida no DF. Em meio a um processo de disputa interna, o partido pode ficar ainda mais encolhido. No próximo dia 16, está marcada uma reunião para a apresentação das chapas que devem disputar a presidência da legenda no fim do mês, incomum na sigla em que tradicionalmente há consenso para a escolha de um comando. Até o dia 28, pode haver um acordo, mas os ânimos de hoje estão mais inclinados para a incompatibilidade.
Posicionados em lados opostos no cabo de guerra dentro do PSDB, medem forças Márcio Machado, o atual presidente do partido e secretário de Obras do governo de José Roberto Arruda, e Raimundo Ribeiro, vice-presidente da legenda, ex-distrital e secretário de Justiça também na gestão de Arruda. Depois de seis anos no comando do partido, Machado terá de deixar a liderança oficial do PSDB, mas quer fazer o sucessor. O nome que vai apoiar é o de Jaime Alarcão, que foi seu secretário adjunto de Obras e acabou assumindo o cargo como titular na administração de Wilson Lima (PR).
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No material divulgado pela assessoria de Raimundo Ribeiro para comunicar a data das eleições internas (dia 28), o título sugere o estado de espírito das lideranças tucanas: “Nada de consenso nessas eleições”. O presidente Márcio Machado diverge da avaliação de seu vice sobre a qualidade da oposição. “Temos sido firmes com o governo. Mas o perfil do PSDB não é o de radicalismo, essa é uma postura isolada, minoria inexpressiva na legenda”, alfinetou Machado. Embora em franca disputa com Ribeiro, Machado diz que ainda vai tentar a via do entendimento: “Normal que surja mais de um candidato, temos dois, até três nomes. Mas não quer dizer que vão às urnas. Vamos buscar o entendimento”.
A escolha de Machado asseverou um desgaste entre ele e Raimundo Ribeiro, para quem a oposição ao governo tem sido “amistosa” e precisa de uma repaginação. À frente da chapa PSDB resgatando Brasília, Ribeiro (aposentou-se da AGU e agora tem exercido a advocacia) diz que seu grupo não se sente representado pelo atual comando. “É uma oposição tímida. Se queremos estar no poder em 2014, temos de mostrar o descalabro que é a administração e apresentar nosso projeto alternativo. Nós, os tucanos, temos o mesmo objetivo, mas divergimos nos métodos”, considera o vice-presidente do PSDB.
Discordância
Discordância
No material divulgado pela assessoria de Raimundo Ribeiro para comunicar a data das eleições internas (dia 28), o título sugere o estado de espírito das lideranças tucanas: “Nada de consenso nessas eleições”. O presidente Márcio Machado diverge da avaliação de seu vice sobre a qualidade da oposição. “Temos sido firmes com o governo. Mas o perfil do PSDB não é o de radicalismo, essa é uma postura isolada, minoria inexpressiva na legenda”, alfinetou Machado. Embora em franca disputa com Ribeiro, Machado diz que ainda vai tentar a via do entendimento: “Normal que surja mais de um candidato, temos dois, até três nomes. Mas não quer dizer que vão às urnas. Vamos buscar o entendimento”.
Fonte: Correio Web - Lilian Tahan
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