Com candidatura ameaçada na Justiça, Arruda é o preferido nas pesquisas. O atual governador do DF, Agnelo Queiroz, terá mais tempo de rádio e TV: sete minutos e 58 segundos.
O atual governador do Distrito
Federal Agnelo Queiroz (PT), candidato à reeleição, é o que terá mais
tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito que começa nesta
terça-feira (19): sete minutos e 58 segundos, em cada mídia. O montante é
o dobro dos seus principais concorrentes: Arruda e Rollemberg.
Ele faz parte da coligação “Respeito por Brasília”, formada por 16
partidos. Em seguida, vem Rodrigo Rollemberg (PSB), da coligação “Somos
Todos Brasília”, que terá três minutos e 59 segundos para se apresentar.
José Roberto Arruda (PR), que entrou na coligação “União e Força”,
ficou com três minutos e seis segundos. Percilliane Marrara, do Partido
da Causa Operária (PCO), garantiu um pequeno espaço de 1 minuto e seis
segundos, referente ao tempo igualitário para todos.
Para fazer a divisão, o TRE/DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito
Federal), o tribunal utilizou o sistema informatizado desenvolvido pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para os candidatos ao cargo de
Governador, o tempo total igualitário para os partidos/coligações é de
um minuto e seis segundos, para rádio e TV, que é somado ao tempo
proporcional de cada partido e coligação.
Para Flávio Testa, cientista político e professor da Universidade de
Brasília (UnB), os candidatos têm razão de buscar mais tempo de TV para
fazer sua propaganda, já que é a mídia com maior impacto no eleitorado
atualmente. Segundo ele, ainda não há uma avaliação objetiva sobre o
impacto das redes sociais da internet no resultado das eleições, mas
quase a totalidade dos partidos buscam mais tempo para fazer promessas e
seu “jogo de sedução midiática”.
— Os candidatos fazem um jogo de sedução midiática e, provavelmente, a
TV tem um impacto enorme. Ainda não temos hoje uma avaliação objetiva
do impacto das redes sociais sobre o eleitorado, ainda não há como
medir ao certo. Mas, eu acredito que haja cada vez mais tentativas de
conquistar o eleitorado na internet.
Testa disse ainda que atualmente há “um conjunto de ações”, um
verdadeiro esforço, para montar e desmontar a imagem dos políticos – o
que é bem mais fácil nas redes sociais. Porém, ele não acredita que o
impacto seja maior que o da televisão. Para o cientista político, as
redes sociais hoje só conseguem “dissolver um pouco” a força da TV.
Segundo o profissional, a expectativa nas Ciências Políticas é que a
avaliação sobre o impacto das mídias sociais seja feita ainda neste ano
e, a partir daí, será possível entender melhor esse fenômeno dos tempos
modernos.
— Vamos avaliar, mas não creio que seja mais forte que a televisão
ainda. Acredito que os partidos ainda vão buscar, por muito tempo,
publicidade eleitoral na TV. É por isso que os partidos buscam alianças,
é por isso que você vê o ex-presidente Lula beijando a mão do deputado federal Maluf - por um minuto de televisão.
Pesquisas
Se as eleições fossem hoje, o ex-governador José Roberto Arruda (PR)
conseguiria 35% dos votos, ficando na frente de Agnelo Queiroz (PT), que
tem 19%, e do senador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tem 13%. Os números
são da última pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha nesta
sexta-feira (15). Como a margem de erro da pesquisa é de quatro pontos
percentuais, Agnelo e Rollemberg estão tecnicamente empatados. Toninho
do PSOL aparece com 7% das intenções de voto, ficando na frente do
tucano Luiz Pitiman, do PSDB (4%) e de Perci Marrara (PCO), que não
chegou a 1% das intenções de voto.
Fonte: Por Myrcia Hessen - Portal R7/DF.
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