Telefonemas gravados pela Polícia Federal, em novembro de 2012, 
mostram que Dirceu e Miranda marcaram pelo menos duas reuniões às 
vésperas da deflagração da operação e que um assessor do petista 
chegou a pedir emprestado um jato particular do ex-senador para voar 
Bahia no feriado da República - viagem que Dirceu fez com a namorada e 
com Rosemary.
A voz do ex-ministro do governo Lula não aparece nos 9 áudios. Ele 
não era alvo da missão policial, mas Miranda estava sob vigilância 
permanente.
Em uma ligação gravada três semanas depois que Dirceu foi condenado 
no julgamento do mensalão, seu auxiliar diz que o petista se recusava a
 desembarcar no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, em horários de grande 
movimento. "Correr risco agora é besteira, né?", recomena Miranda ao 
assessor.
Os 25.012 telefonemas gravados pela PF no decorrer da Porto Seguro 
detalham a intimidade com o poder mantida por Miranda e outros 
integrantes do grupo. Eram frequentes os diálogos com deputados, 
senadores, governadores, prefeitos e diretores de órgãos técnicos.
Foi com a ajuda de algumas dessas autoridades que Miranda conseguiu 
benefícios para empreendimentos de suas empresas, como a construção 
de um porto privado na Ilha de Bagres, em Santos. A Polícia Federal 
não envolve Dirceu com os negócios sob suspeita de Miranda.
Fonte: Jornal de Brasília
 
 
 
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