No corredor da notícia, o rádio não pode parar
Odir Ribeiro é rico em caráter e próspero em amigos. É jornalista. Um blogueiro que respeita e se faz respeitar.
Por natureza – porque o homem é assim – tem adversários, mas não deveria ter inimigos.
Lamentavelmente, neste domingo 29, Odir precisou de assistência médica logo cedo.
Com dores abdominais, bateu na emergência do Hospital do Paranoá.
Um olhar superficial, um buscopan na veia. Um paliativo. E a recomendação para ficar em casa, repousando.
Contorcendo-se em dores, Odir voltou ao hospital no meio da tarde. Não havia médicos, não havia enfermeiros.
Abandonado à própria sorte, socorreu-se dos amigos no Twitter. Em seu microblog, postou um quadro de saúde instável.
A rede social virtual entrou em ação. O enfermo foi resgatado da sujeira do Hospital do Paranoá e levado a outros estabelecimentos do serviço público de saúde.
No Hospital de Base, o mesmo que provocou a pré-morte de Tancredo Neves, o pasmo. Emergência só para aidéticos e pacientes de câncer em estado terminal.
Paranoá, Lago Sul, Setor Hospitalar Sul, Setor Hospitalar Norte. E as dores crescendo, Odir suando.
Carlos Drummond de Andrade fez-se presente. Mas não é José. É Odir. E agora? Quer abrir a porta do socorro médico, mas não há porta.
A fonte da Saúde secou. Odir tem nome, não zomba dos outros. Escreve notícias em forma de versos.
Um outro doutor, não médico, foi acionado. É autoridade. É amigo.
O domingo acabou, renasceu a utopia.
Nos primeiros minutos desta segunda-feira 30, Odir Ribeiro estava no centro cirúrgico do Hospital Regional de Sobradinho. Foi diagnosticada uma crise aguda de apendicite.
Odir está vivo. A rede pública de Saúde da capital da República está morta.
Fonte: Publicado em 29 de Janeiro de 2012 por Notibras
Blog Informando e Detonando
Por natureza – porque o homem é assim – tem adversários, mas não deveria ter inimigos.
Lamentavelmente, neste domingo 29, Odir precisou de assistência médica logo cedo.
Com dores abdominais, bateu na emergência do Hospital do Paranoá.
Um olhar superficial, um buscopan na veia. Um paliativo. E a recomendação para ficar em casa, repousando.
Contorcendo-se em dores, Odir voltou ao hospital no meio da tarde. Não havia médicos, não havia enfermeiros.
Abandonado à própria sorte, socorreu-se dos amigos no Twitter. Em seu microblog, postou um quadro de saúde instável.
A rede social virtual entrou em ação. O enfermo foi resgatado da sujeira do Hospital do Paranoá e levado a outros estabelecimentos do serviço público de saúde.
No Hospital de Base, o mesmo que provocou a pré-morte de Tancredo Neves, o pasmo. Emergência só para aidéticos e pacientes de câncer em estado terminal.
Paranoá, Lago Sul, Setor Hospitalar Sul, Setor Hospitalar Norte. E as dores crescendo, Odir suando.
Carlos Drummond de Andrade fez-se presente. Mas não é José. É Odir. E agora? Quer abrir a porta do socorro médico, mas não há porta.
A fonte da Saúde secou. Odir tem nome, não zomba dos outros. Escreve notícias em forma de versos.
Um outro doutor, não médico, foi acionado. É autoridade. É amigo.
O domingo acabou, renasceu a utopia.
Nos primeiros minutos desta segunda-feira 30, Odir Ribeiro estava no centro cirúrgico do Hospital Regional de Sobradinho. Foi diagnosticada uma crise aguda de apendicite.
Odir está vivo. A rede pública de Saúde da capital da República está morta.
Fonte: Publicado em 29 de Janeiro de 2012 por Notibras
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