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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CARLOS LUPI PÕE PARA RODAR A VOLTA DO QUE NÃO FOI


Reuniu-se em Brasília o diretório nacional do PDT. Presidiu o encontro Carlos Lupi, o filiado que deixara a pasta do trabalho, no final de 2011, envolto em denúncias de corrupção. Trincada, a legenda convive agora com um grupo avesso à presença de Lupi no leme.

Impedido de acumular a presidência do PDT com as atribuições de ministro, Lupi licenciara-se do comando partidário enquanto estava no governo. Formalmente, assumira o deputado André Figueiredo (CE), vice-presidente. Na prática, Lupi continuou dando as cartas.

Expelido da Esplanada, Lupi submergira. Ressurgiu no início do ano. Em reunião da Executiva nacional, pôs para rodar uma fita indigesta: a volta do que não foi. Deu por prejudicado o pedido de licença. E reacomodou-se na poltrona de presidente.

Lupi reconhece a existência do grupo que lhe vira a cara. Mas dá de ombros: “Todo partido tem divergência, isso é democracia. Tem gente que não gosta da gente. Toda unanimidade é burra. Estou à frente do partido, fui eleito, tenho legitimidade.”

Reeleito em março de 2011 para um mandato de dois anos, Lupi será presidente pelo menos até março de 2013. Antes disso, só sai se for abatido a bala, como gosta de dizer. Do inusitado, a cena do PDT vai evoluindo para o extravagante.

De repente, o ministro demitido passou a coordenar o processo de escolha do novo titular da pasta do Trabalho, a ser nomeado por Dilma Rousseff. Enquanto aguarda por um chamado da presidente, o PDT decidiu que irá apoiá-la com ou sem cargos. Beleza.

Porém, Lupi apressa-se em avisar: o PDT quer o cargo. “Nomes indicados pelo partido ainda não há. Temos que aguardar a presidente Dilma dizer o que ela quer, que tipo de perfil ela quer.” Heimm?!?

“Hoje, referendamos que o partido apoia a base do governo, independentemente de cargos em ministério. Só não teve ainda uma conversa com discussão de nomes. Acho que deve ser antes do Carnaval. Mas isso depende da manifestação dela.”

O deputado André Figueiredo, agora devolvido às atribuições de vice-presidente, cuidou de levar um par de nomes à pista. Eis os ministeriáveis do PDT: o secretário-geral Manuel Dias e o deputado Vieira da Cunha (RS).

Confirmando a mexida, Dilma executará no ministério a mesma fita: a volta dos que não foram. Hoje, esquenta a cadeira do futuro ministro do Trabalho o interino Paulo Roberto dos Santos Pinto, homem da confiança de Carlos Lupi.

Fonte: Blog do Josias - UOL

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