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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

RORIZ RENOVA O SANGUE PARA SER O FANTASMA DE AGNELO EM 2014 'SE VIRA AGNELO..!!'

Quando engatinhava na política, Agnelo buscou ouvir conselhos de Sarney e Roriz

 
Joaquim Domingues Roriz, 75 anos, não será candidato à prefeitura de Luziânia no próximo ano. Ele está se preparando para, de sangue novo, e já beirando os 78 anos, enfrentar Agnelo Queiroz (que terá então 56 anos) na disputa pelo governo do Distrito Federal. O slogan do fantasma dos petistas não está pronto, mas há quem assegure que será algo do tipo velho não é sinônimo de velhaco.


Roriz espera derrotar seu desafeto de cabeça erguida. No próximo mês, dirá a seus seguidores que está descartada a prefeitura de Luziânia em 2012.

A partir daí, mostrará que energia não faltará para subir em palanques e participar de carreatas. Salvo um problema renal que o obriga a sessões diárias de hemodiálise, sua saúde está 100%, asseguram os médicos. E é com esse sangue novo que passa pela triagem de uma Gambro todos os dias, que o Velho percorrerá no momento oportuno os redutos do Distrito Federal em busca de votos.

O Velho - tratamento carinhoso dispensado a Roriz por seus assessores mais próximos - quer mostrar que idade, para um político como ele, representa experiência.

Embora tenha munição suficiente para atacar Agnelo Queiroz desde já, o ex-governador pretende fazer uma campanha limpa, tão cristalina como a água de uma fonte que não foi contaminada pela lama do novo caminho que muita gente prometeu percorrer.

O próprio Agnelo, logo que começou a engatinhar na política, foi ouvir gente mais experiente em busca de conselhos sábios. Ele bateu na porta do agora adversário Roriz e do senador José Sarney, a velha raposa que aos 81 anos continua mandando como se tivesse 30. Com os dois, Agnelo manteve longas conversas e praticou muito do que aprendeu.

Mas os professores não ensinaram tudo. Esconderam o pulo do gato, como diz o ditado popular. É justamente o que não está nos livros da nossa história política contemporânea que Roriz, tendo Sarney por aliado, pretende ensinar.

A decisão de Roriz disputar o Palácio do Buriti em 2014 foi revelada nesta segunda-feira 19 por um velho aliado do ex-governador. Questionado sobre o estado de saúde do homem que costuma assombrar o PT, o interlocutor foi categórico: tudo o que se diz do Velho é invenção. Com exceção do problema renal, ele nunca esteve tão bem de saúde.

Rins com problema lembram hemodiálise. O jornalista Leonardo Mota Neto, diretor da Carta Polis, que se submete a esse tipo de tratamento há muito tempo, entende do assunto. Procurado, atendeu ao pedido e escreveu algumas linhas abordando o tema e sobre a presença de Roriz na clínica.

O depoimennto de Léo, com quem este este repórter já teve a oportunidade de dividir a mesma redação, ele como Diretor, é revelador do que está por vir. Roriz está muito bem, diz Leonardo Mota Neto. E sugere que o ex-governador, com sangue novo, é imbatível.

Leia o que escreveu Léo:

Meu amigo, o jornalista José Seabra Neto, me fez quebrar um rito de silêncio ético que mantinha há três meses em torno do meu - agora - colega de tratamento de hemodiálise, o ex-governador Joaquim Roriz.

Como Seabra, ótimo repórter, descobriu que Roriz submete-se a hemodiálise numa clinica de Brasília e sabe que eu também faço, me pediu 20 linhas a respeito do tratamento, mas não sabia que eu era colega do ex-governador entre os pacientes da mesma clinica.

Faço hemodiálise há dois anos e meio numa clinica considerada por todos - até por médicos de fora do país - como a mais bem preparada para dar um tratamento impecável ao paciente em termos da manutenção de sua qualidade de vida.

Os médicos dessa clínica privada utilizam o método da diálise diária (com duas horas por dia, durante toda a semana) em vez da convencional (quatro horas, três vezes por semana).

Há três meses, aproximadamente, chegou Roriz. Fui informado pelos médicos - como os demais pacientes - que ele chegara ali, com DRC (Deficiência Renal Crônica) para se submeter ao mesmo tratamento, sem privilégios, como qualquer um de nós. De minha própria iniciativa disse aos médicos, como único jornalista da turma, que manteria o princípio ético de silêncio em torno da presença de Roriz. 

Não faço a hemodiálise no mesmo turno do ex-governador, nem o vi por lá. Mas não sou hipócrita para dizer que perdi a capacidade de investigação e por isto sei o que se passa com ele.

Apurei que:

1) O paciente Roriz, está perfeitamente adaptado ao tratamento.

2) Recebe a mesma cota de atenção de todos os demais, ricos, pobres ou remediados.

3) Está se sentindo muito bem. 

4) Sua perspectiva de sobrevida é excelente. Quanto à cura total, é sempre uma questão relativa.Uns esperam transplante, como eu. Mas em todos os casos a expectativa de sobrevida é a máxima. 

5) Durante as duas horas do tratamento - a que comparece sempre acompanhado de Dona Weslian ou uma das filhas - quer sabe tudo a respeito dos procedimentos médico-clínicos, e da função de nossa companheira, a máquina de hemodiálise Gambro, de cor azul, sueca, simpática que lava o nosso sangue de impurezas, funcionando como o rim que perdemos. 

6) Durante o procedimento, ele conversa com os colegas de turno nas demais cadeiras ao lado dele, toma seu lanche, lê muito e se distrai vez em quando assistindo a TV. O ambiente é humanizado, com ótima interatividade com médicos, enfermeiras, psicólogas e nutricionistas.

Se pode candidatar-se em 2012...?, pergunta-me Seabrinha.

Não sei, Seabra. O porta-voz dele é o colega Paulo Fona. Sou apenas um paciente meio impaciente que trabalha de sol a sol. Qualquer um de nós pode trabalhar normalmente, dirigir, beber umas coisinhas, comer bem e de tudo, ir à academia fazer ginástica. Ou se candidatar. Mas uma coisa eu asseguro: o homem está com sangue novo. Os adversários devem ter muito cuidado com ele!

Fonte: Publicado em 19 de Setembro de 2011 por José Seabra

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